São Paulo, quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

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Bando usa granada em arrastão na Mooca

Alvo eram 3 empresários árabes que moram no local; foi o 51º arrastão do ano no Estado e o 37º na cidade

AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL

Moradores de um condomínio de classe média no Alto da Mooca (zona leste) ficaram cerca de três horas sob a mira de pistolas, revólveres e submetralhadoras durante um arrastão na manhã de ontem. Uma vítima contou à Polícia Militar que um assaltante chegou a ameaçá-los com uma granada.
No total, 18 pessoas foram roubadas por um grupo que, segundo a Polícia Civil, tinha de oito a dez bandidos. Esse foi o 51º assalto a condomínios neste ano no Estado -o 37º na capital. Até a conclusão desta edição, ninguém havia sido preso.
Antes de sair do prédio, o bando trancou os moradores no salão de festas, quebrou um computador e roubou o disco rígido de outra máquina, que armazenava as imagens do circuito interno de TV do imóvel. Ninguém foi ferido.
Dos 56 apartamentos, quatro foram assaltados. As demais vítimas foram abordadas no térreo ou no subsolo do prédio enquanto saíam para trabalhar ou chegavam da rua.
A ação começou por volta das 6h, durante a troca de turno dos porteiros. Oito homens entraram na garagem do prédio em dois carros. Após render os porteiros, os criminosos se posicionaram na saída dos elevadores do térreo e do subsolo.
Segundo a polícia, os ladrões queriam roubar três empresários de origem árabe (donos de uma pousada e de lojas no Bom Retiro) que moram no prédio. Entretanto, os bandidos não sabiam qual era o número dos apartamentos deles. Por isso, abordaram outros moradores.
Segundo o delegado Ricardo Salvatores, titular do 57º DP, o grupo se comunicava com outras pessoas do lado de fora do imóvel por celulares e rádios. O bando fugiu do prédio às 9h30.

Solução
De acordo com o Deic (departamento que investiga o crime organizado), dos 51 arrastões que ocorreram neste ano no Estado, oito foram esclarecidos, todos na capital.
O delegado Waldomiro Milanesi, do Deic, diz que a quantidade de casos solucionados subiu após a criação, em agosto, de uma delegacia para investigar roubos a condomínios. Antes, um a cada sete crimes era esclarecido. Agora, a média é de um a cada quatro.
A Secretaria da Segurança Pública informou não ter dados específicos sobre o número de assaltos a condomínios no ano passado. A tipificação desse crime só ocorreu neste ano, depois que o titular da pasta, Antonio Ferreira Pinto, instituiu um programa específico.


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