São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2010

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Policial baleado em Foz diz que teve "muita sorte"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FOZ DO IGUAÇU

"Ah, foi muita sorte, o cara deu 15 tiros e só acertou o meu cotovelo." Assim o policial federal Luciano da Silva, 29, relatou à Folha o tiroteio travado com Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, numa barreira armada pela PF perto da ponte da Amizade, onde o suspeito do assassinato do cartunista Glauco Vilas Boas foi preso.
Quando percebeu que seria abordado na barreira policial, composta por três agentes, por volta das 22h40 de domingo, Nunes acelerou o Fiesta roubado e abriu fogo com a pistola 7.65, conforme versão relatada à Folha pelo agente federal.
À esquerda e a cerca de cinco metros do Fiesta, Silva segurava uma escopeta municiada com balas de borracha. Foi atingido no braço. De acordo com a PF, Nunes disparou pelo menos nove vezes.
Após o tiroteio, os pneus dianteiros do carro foram rasgados e o veículo parou, afirma o policial. "Ele saiu gritando que tinha feito merda, que tinha matado o Glauco. Falava sem parar, e perguntamos: que Glauco? E ele dizia: "O cartunista da Folha'".
Luciano da Silva está internado em um hospital de Foz do Iguaçu -até ontem, os médicos ainda não haviam conseguido extrair a bala. Segundo ele, ninguém do posto de controle na ponte recebeu nenhum aviso sobre o veículo suspeito, mesmo após Nunes ter sido perseguido e escapado de policiais rodoviários uma hora antes.
Quando passou direto por uma base da Polícia Rodoviária Federal na BR-277, a aproximadamente 15 km de ponte, Nunes e os policiais chegaram a trocar tiros. A PRF alega que emitiu alerta após o suspeito escapar do cerco policial. (GR)


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