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Policial baleado em Foz diz que teve "muita sorte"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FOZ DO IGUAÇU
"Ah, foi muita sorte, o cara
deu 15 tiros e só acertou o meu
cotovelo." Assim o policial federal Luciano da Silva, 29, relatou à Folha o tiroteio travado
com Carlos Eduardo Sundfeld
Nunes, 24, numa barreira armada pela PF perto da ponte da
Amizade, onde o suspeito do
assassinato do cartunista Glauco Vilas Boas foi preso.
Quando percebeu que seria
abordado na barreira policial,
composta por três agentes, por
volta das 22h40 de domingo,
Nunes acelerou o Fiesta roubado e abriu fogo com a pistola
7.65, conforme versão relatada
à Folha pelo agente federal.
À esquerda e a cerca de cinco
metros do Fiesta, Silva segurava uma escopeta municiada
com balas de borracha. Foi
atingido no braço. De acordo
com a PF, Nunes disparou pelo
menos nove vezes.
Após o tiroteio, os pneus
dianteiros do carro foram rasgados e o veículo parou, afirma
o policial. "Ele saiu gritando
que tinha feito merda, que tinha matado o Glauco. Falava
sem parar, e perguntamos: que
Glauco? E ele dizia: "O cartunista da Folha'".
Luciano da Silva está internado em um hospital de Foz do
Iguaçu -até ontem, os médicos
ainda não haviam conseguido
extrair a bala. Segundo ele, ninguém do posto de controle na
ponte recebeu nenhum aviso
sobre o veículo suspeito, mesmo após Nunes ter sido perseguido e escapado de policiais
rodoviários uma hora antes.
Quando passou direto por
uma base da Polícia Rodoviária
Federal na BR-277, a aproximadamente 15 km de ponte,
Nunes e os policiais chegaram
a trocar tiros. A PRF alega que
emitiu alerta após o suspeito
escapar do cerco policial.
(GR)
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