DA REPORTAGEM LOCAL

O impacto da implantação do bilhete único na cidade de São Paulo não se resumiu à possibilidade de economia aos passageiros que usam mais de uma condução para ir ao trabalho.
O cartão levou ainda à queda dos assaltos a ônibus, já que a quantidade de dinheiro na mão dos cobradores caiu de forma drástica.
A média mensal de assaltos, segundo a prefeitura, era de 950 em 2003 (32 por dia), caiu para 536 no ano passado (18 por dia) e para 281 em 2005 -nove por dia, entre janeiro e março.
A redução dos casos, superior a 70% no intervalo de dois anos, foi incentivada pela adesão maciça ao bilhete único. Em abril, 73% dos passageiros pagantes fizeram uso do cartão.
Um estudo do professor da USP Jaime Waisman, com os engenheiros Eric Oliveira e Flavio Andreoli, do programa de mestrado em Engenharia de Transportes, apontou outras mudanças trazidas pelo bilhete.
Waisman se baseou em entrevistas feitas em um dia de agosto com passageiros da linha Terminal Pirituba-Itaim Bibi, operada pela viação Santa Brígida.
Mais de 80% dos usuários do cartão diziam ter passado a fazer mais viagens por semana, metade dos quais dizia ter deixado de andar a pé.


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