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Secretário autorizou
entrada de TV em prisões
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Administração
Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, admitiu ontem
que aparelhos de TV entraram
nas prisões há 20 dias.
"Não vi mal nenhum. Liberei os
aparelhos em locais dos presídios
que não afetavam o andamento
normal das cadeias, locais de uso
comum", disse Nagashi, ao ser
questionado sobre a entrada de 60
aparelhos que teriam sido comprados pelo PCC.
O secretário negou, no entanto,
que esses aparelhos de TV façam
parte de uma negociação com líderes da facção criminosa. Segundo Nagashi, essa concessão foi feita há 20 dias.
Na época, o líder máximo do
PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e o restante da
cúpula da facção estavam na penitenciária de Avaré (262 km de SP).
Nagashi não especificou quantos aparelhos de televisão entraram no sistema nem em quais prisões foram instalados. Mas o secretário negou que o pedido tenha partido de líderes do PCC,
que queriam ver os jogos da Copa
do Mundo na Alemanha.
Perguntado quem teria arcado
com os custos, Nagashi foi evasivo. "Não será do Estado de São
Paulo, o ônus não será nosso com
certeza. Eu não tenho informação
nenhuma de que esses aparelhos
tenham sido comprados por organizações criminosas", afirmou
o secretário.
O governo permite a entrada de
televisões nas prisões comuns
desde que o aparelho seja comprado pela família do preso.
Agentes penitenciários afirmam
que os televisores foram entregues em grandes quantidades.
Caminhões chegaram aos presídios para entregar os aparelhos.
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