São Paulo, segunda-feira, 17 de junho de 2002

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400 participam de caminhada em homenagem a Tim Lopes no Rio

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quase em silêncio, sob a marcação do surdo do bloco carnavalesco Simpatia É Quase Amor, cerca de 400 pessoas vestiram preto e participaram de uma caminhada na manhã de ontem em protesto à morte de Tim Lopes, quando fazia uma reportagem sobre o narcotráfico na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio. A caminhada percorreu a orla das praias do Leblon e de Ipanema e terminou com um ato na praia do Arpoador.
Em sua maioria jornalistas e amigos, muitos choraram no ato, organizado pelo grupo de corredores Expresso das Seis, do qual Lopes fazia parte. "Cansei de chorar sozinho em Washington e vim abraçar os amigos. Nunca vi um assassinato tão brutal em qualquer parte do mundo", disse Rosental Calmon Alves, ex-correspondente de guerra e professor da Universidade de Columbia (EUA). Muitas manifestações pediam o fim do domínio do narcotráfico. Duas semanas após o desaparecimento de Lopes, a polícia ainda não achou seu corpo nem prendeu o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, apontado como o mandante do assassinato.



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