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CASO CELSO DANIEL
Mauro Sérgio de Souza foi detido em uma quermesse e levou um tiro na coluna; seis ficaram feridos
Preso mais um envolvido em sequestro
RENATO ESSENFELDER
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia prendeu ontem, em
uma quermesse na zona sul de
São Paulo, Mauro Sérgio Santos
de Souza, o Serginho, 20, penúltimo integrante livre da quadrilha
acusada de sequestrar e matar o
prefeito de Santo André Celso Daniel. Houve tiroteio durante a
operação, e seis pessoas -entre
elas um policial- ficaram feridas
sem gravidade. O suspeito levou
um tiro na coluna.
Durante a tarde de ontem, todos
os feridos receberam alta do
pronto-socorro do Hospital Diadema, onde foram socorridos.
Apenas Serginho continuou internado, sem risco de morte. A lesão na coluna, contudo, pode deixá-lo paralítico.
A operação policial foi motivada por duas ligações anônimas recebidas na semana anterior. As
denúncias diziam que Serginho
estaria na região do Jardim Luso
(divisa de São Paulo com Diadema), próximo à favela Pantanal.
A partir do comunicado, agentes do DHPP (Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa)
descobriram que Serginho tinha
uma namorada na região.
Por volta da meia-noite de sábado, os policiais, vestidos à paisana, chegaram à casa dela para
prender Serginho. O local estava
vazio, mas vizinhos teriam relatado que o suspeito estaria em uma
quermesse na mesma rua.
Alguns minutos depois, três
agentes entraram na festa para
deter o suspeito. Serginho desconfiou dos três desconhecidos e,
segundo a polícia, sacou uma arma, iniciando o tiroteio. Para proteger-se das balas, ele teria usado
a namorada como escudo.
Foragidos
Serginho estava foragido desde
que o prefeito petista Celso Daniel
foi encontrado morto com sete tiros, em uma estrada em Juquitiba
(78 km de São Paulo), em 20 de janeiro deste ano.
Ele é acusado de ter queimado a
Blazer usada no sequestro de Celso Daniel. Entretanto, o relatório
final da polícia sobre o caso indicia Serginho apenas por formação
de quadrilha, isentando-o de envolvimento direto na morte do
prefeito.
Sem saber, Serginho foi uma
das peças-chave para a solução do
crime. Em 20 de fevereiro, a polícia confirmou a existência de uma
carta que ele teria escrito a Itamar
Messias dos Santos, 21, membro
da mesma quadrilha. Itamar foi
preso pela Polícia Federal em 1º de
março, em Aparecida (167 km de
São Paulo), acusado de participação no crime.
Na carta, vários apelidos de
membros da quadrilha de Ivan
Rodrigues da Silva, o Monstro
(considerado o líder do grupo),
eram citados -o que auxiliou na
identificação dos criminosos.
Serginho já tinha prisão preventiva decretada pela Justiça, por
formação de quadrilha. Agora, ele
também responderá por tentativa
de homicídio, resistência à prisão
e uso de documentos falsos.
O único suspeito do crime que
ainda está foragido é Elcyd Oliveira Brito, o John. Ele é acusado de
formação de quadrilha e participação no assassinato do prefeito.
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