São Paulo, sábado, 17 de julho de 2004

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Empresas deviam dar opções, diz ANS

DA REPORTAGEM LOCAL

Em entrevista na última quarta-feira, o diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Fausto Pereira dos Santos, disse que as empresas poderiam ter oferecido alternativas melhores aos seus beneficiários de contratos antigos.
O diretor comentava o fato de a Fenaseg (federação das seguradoras) já ter informado que os seguros individuais -alvo dos aumentos de até 82% praticados agora- estão em extinção, não têm mais o interesse do mercado por seus custos e riscos para as empresas.
"Eu tenho dito à Fenaseg : por que não sair pela porta da frente? Se você não continuar operando plano individual, venda sua carteira, vamos buscar formatos de transferir. É um volume de clientes com capacidade razoável para boa, não é uma carteira ruim."
A ANS reconhece que algumas carteiras das seguradoras estão em desequilíbrio. "Muitas [carteiras] são planos de livre escolha, com hospital de ponta. A minha questão, que fiz para a Bradesco, é por que não ter, como alternativa, um outro plano. Que também tem qualidade, tem coberturas, só não tem o Sírio [hospital de ponta], e que o cliente possa pagar."
Após a liminar do Supremo Tribunal Federal que suspendeu pontos da lei que regula a saúde suplementar para contratos anteriores a ela as seguradoras ofertaram duas opções ao clientes antigos e de carteiras desequilibradas: ficar no contrato antigo, com os aumentos de até 82%, ou migrar para um novo, ainda mais caro.


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