São Paulo, sexta-feira, 17 de julho de 2009

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Ministro diz que estratégia não muda

Para José Gomes Temporão, momento é de tranquilidade, mas informação sobre a gripe suína na mídia será reforçada

Com a confirmação de transmissão sustentada no país, quem tiver os sintomas não deve ficar em casa, e sim procurar um posto de saúde

LARISSA GUIMARÃES
JOHANNA NUBLAT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ontem que a confirmação de transmissão sustentada não muda a estratégia do governo e que reforçará a comunicação do ministério, em rádio, televisão e jornais.
Temporão afirmou que o momento é de tranquilidade e descartou a necessidade de evitar viagens para São Paulo e Rio Grande do Sul.
As orientações se mantêm: quem tiver sintoma de gripe deve procurar um posto de saúde ou o médico de confiança, e não os hospitais de referência. "Não fique em casa tomando chazinho, procure seu médico", alertou Temporão.
As pessoas serão tratadas independentemente do resultado laboratorial. Receberá medicamento específico quem tiver doença respiratória aguda, febre elevada, tosse, ou dor de garganta e falta de ar.
Com a confirmação da transmissão sustentada no país, a população brasileira deve "parar de pensar que o perigo é no exterior e passar a tomar medidas de proteção", afirmou Jarbas Barbosa, gerente da Área de Vigilância em Saúde e Gestão de Doenças da Opas - o braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) na América.
Com relação às medidas de prevenção, a não ser que a pessoa esteja gripada, não é preciso evitar locais de aglomeração e usar máscara. Mas outras iniciativas devem ser tomadas: lavar as mãos com frequência, cobrir a boca ao tossir ou espirrar com lenço descartável.
O Ministério da Saúde informou que não faltam medicamentos para o tratamento da doença. Do lote de 800 mil tratamentos para a doença comprados pelo governo, 50 mil chegam na próxima semana e o restante será enviado até o fim de setembro.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, Reinaldo Guimarães afirmou que o país tem feito avanços, por meio da Fiocruz, no sentido de produzir de seus próprios exames para a detecção do vírus H1N1, sem precisar comprar dos EUA.

Reino Unido
No Reino Unido, um dos países mais afetados pela gripe suína, o governo disse que, no melhor cenário, 5% da população local será infectada pela doença, com 3.100 mortes. Na pior das hipóteses, a doença atingirá 30% da população, matando 65 mil pessoas. Até agora, 29 britânicos já morreram de gripe suína.


Colaborou a Redação


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