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Grampos mostram Beira-Mar e Maluco negociando armas
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Grampos feitos pela PF entre
dezembro de 2000 e janeiro de
2001 revelaram que Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, negociou a
venda de armas e drogas para
Elias Pereira da Silva, o Elias
Maluco. Nas fitas, Beira-Mar
diz chefiar uma rede de distribuição internacional de drogas.
"Quando Léo [Leomar da Vila Ipiranga, do grupo de Beira-Mar, atualmente preso em São
Paulo] era ladrão, eu já era "matuto" [fornecedor de drogas] e
dono de boca-de-fumo. Léo
tem conhecimento na Bolívia e
eu conheço tudo "internacional" (...). Conheço Colômbia,
Peru e outros países."
Elias Maluco atuava como redistribuidor de Beira-Mar nos
morros dominados pelo CV
(Comando Vermelho) no Rio.
Chegou a receber 1.200 fuzis de
uma vez só, entre fevereiro e
março de 2001, revelam as gravações. Esse arsenal é avaliado
pela PF em R$ 9 milhões.
As negociações incluíram
também carregamentos de maconha e cocaína. Elias Maluco
enviava o dinheiro e redistribuía drogas e armas nas favelas
do Rio dominadas pelo CV.
Nas conversas, Beira-Mar,
que na época estava foragido
nas selvas colombianas, explicava a Elias Maluco como agir
no Rio para receber armas e
drogas do Paraguai, do Suriname e da Colômbia.
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