São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 2002

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PANORÂMICA

MORTE NA RUA

SPTrans irá apurar denúncia de omissão de socorro a motorista
A SPTrans (empresa que administra o transporte coletivo em SP) abriu sindicância para apurar suposta omissão de socorro ao motorista de ônibus Jarbas Teles da Silva, 67, que sofreu um ataque cardíaco em frente à portaria de um dos prédios da empresa.
O caso ocorreu por volta das 17h de anteontem e foi testemunhado por cerca de 80 colegas de Silva na extinta Cooperativa Comunitária de Transporte Coletivo, que estavam reunidos em frente ao prédio da SPTrans no Pari (centro de SP).
Silva passou mal e caiu na calçada. Colegas afirmam que pediram ajuda aos funcionários da SPTrans. Eles solicitaram um carro para levar Silva ao hospital mas, segundo eles, o motorista ficou de 10 a 15 minutos caído na calçada, sem atendimento.
"Eles ficaram de braços cruzados e ainda riam da situação", disse Aprigio Ribeiro Neto, 39, que levou Silva para o hospital, mas ele morreu no caminho. Ribeiro Neto falou que teve de correr três quadras até o seu carro para voltar e apanhar o colega.
Silva era um dos 546 cooperados da CCTC. Ele e os colegas ficaram sem trabalho quando, em julho deste ano, a Prefeitura de São Paulo não renovou o contrato com a cooperativa.
A partir daí, os ex-cooperados fizeram reuniões periódicas para cobrar da SPTrans a promessa de reaproveitamento desse pessoal no sistema. O vereador Carlos Neder (PT) e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) -Silva foi motorista da família do senador- solicitaram informações à SPTrans.
A empresa informou que um técnico em segurança da SPTrans "foi notificado do fato, dirigiu-se imediatamente à área externa da empresa, onde o motorista já estava sendo atendido por outro ex-cooperado". Mas não soube informar se havia um médico no ambulatório no momento do incidente. A SPTrans disse que 50% dos ex-cooperados estão trabalhando. (DA REPORTAGEM LOCAL)


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