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OUTRO LADO
Ações estavam sendo efetuadas, afirma assessora
DA REPORTAGEM LOCAL
Procurada no dia 1º de outubro pela reportagem, a assessoria jurídica da Secretaria Municipal da Saúde informou que
ainda não poderia falar das investigações feitas a partir da
documentação apreendida das
unidades do PAS porque elas
não teriam terminado.
A assessora Lídia Hatsumi
Yoshikawa apontou que apenas o relatório de auditoria independente da KPMG sobre o
módulo central do PAS -que
utilizaria como subsídio a documentação apreendida- estaria adiantado, mas só poderia
ser fornecido com autorização
da Secretaria da Comunicação.
No dia 4, após indicação da
secretaria, a reportagem conversou com a chefe de gabinete
da Secretaria dos Negócios Jurídicos, Ilza Regina Defilippi
Dias, que informou que o relatório estava sendo juntado com
outros documentos. Disse que
os papéis apreendidos não tinham sido todos analisados
ainda e que na semana de 6 de
outubro a prefeitura começaria
a ingressar com ações -o que
não ocorreu. Segundo ela, a divulgação poderia prejudicar as
investigações.
Depois de obter acesso ao
processo sobre a apreensão, a
reportagem questionou a secretaria sobre o despacho da
juíza Ivana David Boriero, que
obrigou o órgão a devolver os
documentos, e sobre os obstáculos à investigação apontados
pela Secretaria da Fazenda.
A assessora informou que a
pasta priorizou o atendimento
da CPI do PAS (encerrada em
2001) e só depois pôde atender
pedidos de outros órgãos.
Sobre o despacho da juíza, ela
diz que havia várias ações que
estavam sendo desenvolvidas
pelas secretarias da Saúde e dos
Negócios Jurídicos e que "os
trabalhos a cargo da Saúde foram concluídos e encaminhados para a SJ (Secretaria dos
Negócios Jurídicos) no dia 2 de
outubro de 2002 (...)" -um dia
após a assessora ser procurada.
A assessora reafirma que a
análise dos documentos levou
à identificação de novos fatos e
a novas investigações. Lídia diz
que no módulo investigado pela auditoria o valor desviado seria de mais de R$ 17 milhões.
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