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Tráfico afeta trabalho, diz Maia
DA SUCURSAL DO RIO
O prefeito do Rio, Cesar Maia
(PFL), afirmou que a violência e o
tráfico afetam a contratação para
serviços públicos em favelas e que
é "inevitável" recorrer à terceirização -exceto nas escolas.
"[A violência e o tráfico] Afetam
o tipo de contratação que fazemos, que tem que ser da própria
comunidade, já que os concursados que não moram no local não
voltam a trabalhar depois de muito pouco tempo [e acabam desistindo do emprego]", disse Maia,
em entrevista por e-mail.
Segundo ele, é comum que pessoas concursadas não queiram
trabalhar em favelas e a parceria
com ONGs dá mobilidade à contratação. O prefeito diz que terceirizar "é transferir a operação." Ele
afirma que pode haver excessos
quando ONGs disfarçam a condição de empresas para fugir das licitações. Por isso, a prefeitura tenta melhorar a forma de seleção,
exigindo o currículo delas.
Maia disse que está tentando reduzir as terceirizações com concursos nas áreas de educação e
saúde. Mas que é impossível fazer
concursos direcionados.
O secretário de Desenvolvimento Social, Marcelo Garcia, disse
que as creches eram associadas à
filantropia e à ação da sociedade
civil e só em 1996 passaram a ser
consideradas parte da educação
infantil, o que dificulta a absorção
da clientela em creches públicas.
Maia disse que a prefeitura vem
aumentando a rede de creches.
O prefeito reconheceu que há
risco de apropriação dos projetos
por cabos eleitorais ou grupos criminosos e disse que, para reduzir
esse risco, a prefeitura fiscaliza os
contratos das ONGs.
A coordenadora do projeto Mel,
Magda Oberlaender, disse ser
proibido pôr faixas associando
vereadores ao programa e que
manda tirá-las quando as descobre. Segundo a vereadora Rosa
Fernandes (PFL), a faixa foi colocada pela comunidade. A assessoria de Patrícia Amorim (PFL) disse que ela estava viajando.
(FE)
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