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São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 2003

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Tráfico afeta trabalho, diz Maia

DA SUCURSAL DO RIO

O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), afirmou que a violência e o tráfico afetam a contratação para serviços públicos em favelas e que é "inevitável" recorrer à terceirização -exceto nas escolas.
"[A violência e o tráfico] Afetam o tipo de contratação que fazemos, que tem que ser da própria comunidade, já que os concursados que não moram no local não voltam a trabalhar depois de muito pouco tempo [e acabam desistindo do emprego]", disse Maia, em entrevista por e-mail.
Segundo ele, é comum que pessoas concursadas não queiram trabalhar em favelas e a parceria com ONGs dá mobilidade à contratação. O prefeito diz que terceirizar "é transferir a operação." Ele afirma que pode haver excessos quando ONGs disfarçam a condição de empresas para fugir das licitações. Por isso, a prefeitura tenta melhorar a forma de seleção, exigindo o currículo delas.
Maia disse que está tentando reduzir as terceirizações com concursos nas áreas de educação e saúde. Mas que é impossível fazer concursos direcionados.
O secretário de Desenvolvimento Social, Marcelo Garcia, disse que as creches eram associadas à filantropia e à ação da sociedade civil e só em 1996 passaram a ser consideradas parte da educação infantil, o que dificulta a absorção da clientela em creches públicas. Maia disse que a prefeitura vem aumentando a rede de creches.
O prefeito reconheceu que há risco de apropriação dos projetos por cabos eleitorais ou grupos criminosos e disse que, para reduzir esse risco, a prefeitura fiscaliza os contratos das ONGs.
A coordenadora do projeto Mel, Magda Oberlaender, disse ser proibido pôr faixas associando vereadores ao programa e que manda tirá-las quando as descobre. Segundo a vereadora Rosa Fernandes (PFL), a faixa foi colocada pela comunidade. A assessoria de Patrícia Amorim (PFL) disse que ela estava viajando. (FE)


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