São Paulo, terça-feira, 17 de novembro de 2009

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Qualquer conclusão no estágio atual é "prematura", diz Dersa

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Dersa (estatal paulista) informou considerar "prematura" "qualquer conclusão no estágio atual das investigações" sobre a queda das vigas.
A empresa não concedeu entrevista sobre a posição do Crea-SP. Numa nota curta, de 37 palavras, limitou-se a dizer que "se coloca à disposição" do conselho "para fornecer informações sobre a obra" e que deverá aguardar a conclusão das investigações do IPT e do IC (Instituto de Criminalística).
O governador José Serra (PSDB) foi questionado ontem, mas não quis falar sobre o caso.
O consórcio Rodoanel Sul-5 Engenharia (com a participação de OAS, Mendes Jr. e Carioca) divulgou nota à noite dizendo que "vem prestando ampla assistência aos envolvidos no incidente". Afirmou que está à disposição para prestar esclarecimento "aos órgãos competentes" e que já iniciou "os procedimentos investigatórios dos fatos que deram causa ao incidente, os quais serão oportunamente divulgados".

Segurança
A Dersa e as empreiteiras do consórcio tentaram na quinta passada (véspera do acidente), sem sucesso, viabilizar na ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) uma autorização para a conclusão do içamento das vigas, segundo nota oficial do órgão federal.
O içamento parcial das vigas do viaduto é apontada por especialistas como uma causa provável do acidente. Porém, a ANTT disse que não foram apresentadas razões de segurança para a solicitação.
A agência não explicou a motivação do contato, já que, segundo ela, a responsabilidade de autorizar as obras na estrada é da concessionária Autopista Régis Bittencourt.
Na mesma noite, a Autopista havia registrado um boletim de ocorrência para oficializar que funcionários da Dersa e das empreiteiras estavam retomando a ação de içamento das vigas sem autorização.
Na manhã seguinte, a concessionária autorizou que as obras continuassem no domingo e na segunda-feira, sempre no período da madrugada.
Esse cronograma foi estabelecido levando em conta a necessidade de a obra ocorrer em horário de pequeno fluxo de veículos na Régis, segundo a ANTT. A Autopista não se manifestou. (PABLO SOLANO e AI)


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