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Gabinetes terão menos funcionários em 2002
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente reeleito da Câmara
Municipal, José Eduardo Martins
Cardozo (PT), disse, em entrevista à Folha, que a partir de 15 de fevereiro de 2002 os gabinetes dos
vereadores terão 18, e não mais 21
funcionários. Além disso, Cardozo afirmou que os gabinetes poderão ter uma verba fixa, que o
vereador poderá gastar como
achar melhor.
Em compensação, o presidente
disse que pretende fazer com que
alguns serviços que são prestados
pela estrutura da Câmara, como
gastos com combustível, gráfica e
correios, por exemplo, sejam assumidos pelos gabinetes.
"Os vereadores direcionam seus
mandatos de forma diferente e,
por isso, pensamos na verba",
afirmou Cardozo. Ele disse, porém, que ainda não está definido
quanto será o valor destinado para cada vereador.
A reeleição de Cardozo obteve o
voto favorável de 46 dos 55 vereadores. Da mesa diretora fazem
parte PMDB, PPB e PL, por exemplo. Para o presidente, o fato de
ter obtido uma votação expressiva e ter sido o único candidato
não significa que os vereadores
desses partidos irão votar favoravelmente aos projetos do Executivo. "A eleição da mesa não tem
nada a ver com o posicionamento
dos partidos."
Para Cardozo, o Legislativo
paulistano não é servil ao Executivo. "Temos tentado fazer com
que a Câmara tenha uma relação
harmônica com o Executivo, embora garantindo uma autonomia", afirmou.
Sobre a quantidade de CPIs que
foram criadas este ano na Câmara
-dez ao todo-, o presidente
afirmou que elas não atrapalham
o andamento dos trabalhos na
Câmara. Mesmo assim, ele disse
que "não se pode banalizar" a utilização desse instrumento.
A intenção de Cardozo é se candidatar ao Senado pelo PT. No entanto o partido já escolheu o deputado federal Aloizio Mercadante (PT-SP) como um de seus candidatos. A outra vaga vai depender das coligações para o governo
do Estado, e há setores do PT que
não o querem como candidato.
Ele disse que, caso não consiga
concorrer ao Senado, será candidato a deputado federal.
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