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Sabesp lança programa de medição individual de água em edifícios
Companhia vai certificar empresas que fazem adaptação e controlar emissão de contas
TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Sabesp lançou ontem um
programa para incentivar a medição individualizada de água
nos edifícios. O objetivo é capacitar e certificar empresas que
fazem o serviço e controlar a
leitura e a emissão das contas.
Atualmente, a maioria dos
prédios tem hidrômetro coletivo -a conta de água é dividida
igualmente por apartamento.
Alguns possuem medição individualizada, gerenciada por
uma empresa privada. Quando
cada um paga apenas o que consome, diz a Sabesp, é possível
reduzir o desperdício de água e
o valor das contas em até 20%.
O programa PróAcqua é uma
tentativa de melhorar a qualidade do serviço prestado pelo
setor, que hoje não é regulamentado. Segundo a Sabesp, já
houve casos em que serviços
mal executados comprometeram a estrutura de prédios ou
elevaram excessivamente as
contas de moradores.
Já foram capacitadas e certificadas 16 empresas. Além disso, haverá padronização na instalação de hidrômetros individuais, sempre fora dos apartamentos -na maioria dos prédios eles ficam no interior.
Cada apartamento receberá
sua conta. Hoje, a empresa que
instalou o sistema faz a leitura
dos hidrômetros e repassa os
valores de cada imóvel para o
administrador do prédio, que
inclui o custo no condomínio.
Por esse gerenciamento, cobra
uma taxa média mensal de R$ 3
por apartamento. A Sabesp fará
a medição e a emissão de contas
gratuitamente.
O sistema da Sabesp não será
obrigatório. Empresas não certificadas poderão continuar a
atuar, e edifícios que têm as
contas controladas por elas não
precisarão mudar.
O padrão Sabesp poderá ser
mais caro para alguns edifícios.
A instalação de hidrômetros fora dos apartamentos, por
exemplo, poderá exigir modificações na estrutura hidráulica
do prédio. A Sabesp não soube
estimar o valor das modificações e afirmou que o custo variará de acordo com o edifício.
No primeiro prédio feito com
o padrão -um edifício da
CDHU em Francisco Morato
(Grande SP)- o custo foi de R$
700 por apartamento. O valor
das contas caiu pela metade.
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