São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

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Sabesp lança programa de medição individual de água em edifícios

Companhia vai certificar empresas que fazem adaptação e controlar emissão de contas

TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Sabesp lançou ontem um programa para incentivar a medição individualizada de água nos edifícios. O objetivo é capacitar e certificar empresas que fazem o serviço e controlar a leitura e a emissão das contas.
Atualmente, a maioria dos prédios tem hidrômetro coletivo -a conta de água é dividida igualmente por apartamento. Alguns possuem medição individualizada, gerenciada por uma empresa privada. Quando cada um paga apenas o que consome, diz a Sabesp, é possível reduzir o desperdício de água e o valor das contas em até 20%.
O programa PróAcqua é uma tentativa de melhorar a qualidade do serviço prestado pelo setor, que hoje não é regulamentado. Segundo a Sabesp, já houve casos em que serviços mal executados comprometeram a estrutura de prédios ou elevaram excessivamente as contas de moradores.
Já foram capacitadas e certificadas 16 empresas. Além disso, haverá padronização na instalação de hidrômetros individuais, sempre fora dos apartamentos -na maioria dos prédios eles ficam no interior.
Cada apartamento receberá sua conta. Hoje, a empresa que instalou o sistema faz a leitura dos hidrômetros e repassa os valores de cada imóvel para o administrador do prédio, que inclui o custo no condomínio. Por esse gerenciamento, cobra uma taxa média mensal de R$ 3 por apartamento. A Sabesp fará a medição e a emissão de contas gratuitamente.
O sistema da Sabesp não será obrigatório. Empresas não certificadas poderão continuar a atuar, e edifícios que têm as contas controladas por elas não precisarão mudar.
O padrão Sabesp poderá ser mais caro para alguns edifícios. A instalação de hidrômetros fora dos apartamentos, por exemplo, poderá exigir modificações na estrutura hidráulica do prédio. A Sabesp não soube estimar o valor das modificações e afirmou que o custo variará de acordo com o edifício.
No primeiro prédio feito com o padrão -um edifício da CDHU em Francisco Morato (Grande SP)- o custo foi de R$ 700 por apartamento. O valor das contas caiu pela metade.


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