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Após 1 mês, governo desconhece causas de acidente
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais de um mês depois do
acidente que deixou três pessoas feridas, a Dersa diz não saber informar o que provocou a
queda das três vigas nas obras
do trecho sul do Rodoanel, em
Embu (Grande SP). A queda
ocorreu em 13 de novembro.
Logo após o acidente, que interrompeu a rodovia Régis Bittencourt no sentido capital por
horas, o governo José Serra
(PSDB) estimava um prazo de
15 dias para apresentar um
diagnóstico sobre o ocorrido.
Na tarde ontem, o departamento disse não ter um prazo e
"aguarda o laudo do IPT".
O IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas) informou, por
sua vez, que deve concluir a investigação até o final do ano: 31
de dezembro. O órgão diz não
descartar a possibilidade de
conclusão antes disso, mas, de
qualquer forma, o documento
será entregue à Dersa e, por isso, não fará comentários.
Somente depois desse laudo a
Dersa deve retomar as obras no
local do acidente. Até poderia
tê-las reiniciado, segundo o órgão, já que a área não está preservada pela perícia, mas o departamento vai esperar "por
questões psicológicas".
Para o governo, há grandes
chances de o acidente ter ocorrido por uma "barbeiragem" da
empreiteira responsável pela
colocação das vigas -o consórcio Rodoanel Sul-5 Engenharia
Ltda. tem como sócias as empreiteiras OAS, Mendes Jr. e
Carioca Engenharia.
Cada viga pesa mais de 80 toneladas. Dois carros e um caminhão foram esmagados. Na avaliação do governo, foi "um milagre" não ter havido mortes
diante do estrago dos veículos.
Procurada, a Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que IC (Instituto de
Criminalística) ainda não concluiu seu laudo. Diz que não há
um prazo definido para conclusão e o documento será entregue ao delegado responsável pela investigação.
A Secretaria dos Transportes
e a Dersa informaram que não
há previsão de relatórios preliminares do IPT. O governo
também informou que a previsão de entrega desse trecho,
março de 2010, está mantido.
Investigação
Na segunda posterior ao acidente, dia 16, o Ministério Público Federal deu prazo de dez
dias para que a Dersa repasse
todos os documentos da apuração interna do acidente.
Ontem, o MPF informou que
o procurador responsável pelo
pedido, José Roberto Pimenta
Oliveira, está em férias e que só
deverá haver novidades "provavelmente no ano que vem".
A Dersa informou que já entregou toda a documentação
solicitada.
(ROGÉRIO PAGNAN e ALENCAR IZIDORO)
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