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Cursos seqüenciais avançam no país
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Criados em 1996 e regulamentados em 1999, os cursos seqüenciais ganharam impulso a partir
de 2000. Em dois anos, o número
de matrículas cresceu 147%, enquanto, no restante do ensino superior, as matrículas subiram
29%. Mas o país ainda está longe
de atingir níveis mundiais de flexibilização do ensino superior.
Os cursos, em geral, são procurados por pessoas que já estão no
mercado de trabalho ou não têm
tempo ou mesmo dinheiro para
fazer uma graduação. Em universidades consultadas pela Folha,
mais de 70% dos alunos já têm
uma profissão.
Segundo os últimos dados do
Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o
número de matrículas em cursos
seqüenciais subiu de 18 mil para
45 mil entre os anos 2000 e 2002.
No país, existem dois tipos de
seqüenciais: os de formação específica e os de complementação de
estudo. O primeiro é mais comum (42 mil matrículas). Ele fornece diploma de nível superior
em menos tempo, mas não vale
como graduação. O segundo
(3.000 matrículas) é dirigido principalmente a quem já tem experiência ou é formado e só dá direito a um certificado.
Os cursos servem, por exemplo,
para um engenheiro formado que
queira ampliar os seus conhecimentos em uma área, ou para alguém que queira trabalhar na
área de administração, mas não
precise de todos os conceitos de
uma graduação para executar as
suas funções.
Se comparado aos Estados Unidos e à Espanha, o Brasil ainda está atrás no cenário da flexibilização do ensino superior e na oferta
de cursos de curta duração. Segundo os governo desses países,
cursos de até dois anos compõem,
respectivamente, 41% e 38% das
matrículas no ensino superior.
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