São Paulo, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004

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Cursos seqüenciais avançam no país

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Criados em 1996 e regulamentados em 1999, os cursos seqüenciais ganharam impulso a partir de 2000. Em dois anos, o número de matrículas cresceu 147%, enquanto, no restante do ensino superior, as matrículas subiram 29%. Mas o país ainda está longe de atingir níveis mundiais de flexibilização do ensino superior.
Os cursos, em geral, são procurados por pessoas que já estão no mercado de trabalho ou não têm tempo ou mesmo dinheiro para fazer uma graduação. Em universidades consultadas pela Folha, mais de 70% dos alunos já têm uma profissão.
Segundo os últimos dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o número de matrículas em cursos seqüenciais subiu de 18 mil para 45 mil entre os anos 2000 e 2002.
No país, existem dois tipos de seqüenciais: os de formação específica e os de complementação de estudo. O primeiro é mais comum (42 mil matrículas). Ele fornece diploma de nível superior em menos tempo, mas não vale como graduação. O segundo (3.000 matrículas) é dirigido principalmente a quem já tem experiência ou é formado e só dá direito a um certificado.
Os cursos servem, por exemplo, para um engenheiro formado que queira ampliar os seus conhecimentos em uma área, ou para alguém que queira trabalhar na área de administração, mas não precise de todos os conceitos de uma graduação para executar as suas funções.
Se comparado aos Estados Unidos e à Espanha, o Brasil ainda está atrás no cenário da flexibilização do ensino superior e na oferta de cursos de curta duração. Segundo os governo desses países, cursos de até dois anos compõem, respectivamente, 41% e 38% das matrículas no ensino superior.


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