São Paulo, sábado, 18 de março de 2000


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Ambulante mantém denúncia

da Reportagem Local

Mesmo sem proteção especial, a camelô Ana Maria Gasques disse ontem que reafirmará seu depoimento em novas investigações sobre a máfia da propina.
Em entrevista gravada para a Folha, ela repetiu suas denúncias. "Não tenho como voltar atrás. Vou confirmar tudo", afirmou.
De acordo com Ana Maria, foram arrecadados, em 98, R$ 442 mil de lojistas do Brás para a campanha eleitoral do deputado estadual cassado Hanna Garib.
O dinheiro teria sido recolhido pelo então presidente do Sindicato dos Lojistas do Brás, Wehbe Dawalibi, o Jô. "Ele dizia aos comerciantes que, com esse dinheiro, iam retirar 800 ambulantes do Brás", disse Ana Maria.
Além disso, segundo ela, foi feito um acerto para a cobrança de R$ 1.250 por barraca instalada no largo da Concórdia. "O que não sei é como o acerto era feito entre eles e como chegava ao Garib."
Ana Maria disse que a reafirmação da denúncia será feita também pelo presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, Afonso José da Silva, 30, onde a ambulante atua.

No trabalho
Ontem, Ana Maria saiu do velório de Gilberto Monteiro da Silva, na Igreja Santa Ifigênia, às 12h, e foi para sua barraca, no Brás.
"Quando um companheiro é morto, ele vira mais um motivo para a gente continuar a luta", disse, enquanto vendia lingerie em sua barraca. (SA)

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