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Ambulante mantém denúncia
da Reportagem Local
Mesmo sem proteção especial, a
camelô Ana Maria Gasques disse
ontem que reafirmará seu depoimento em novas investigações sobre a máfia da propina.
Em entrevista gravada para a
Folha, ela repetiu suas denúncias.
"Não tenho como voltar atrás.
Vou confirmar tudo", afirmou.
De acordo com Ana Maria, foram arrecadados, em 98, R$ 442
mil de lojistas do Brás para a campanha eleitoral do deputado estadual cassado Hanna Garib.
O dinheiro teria sido recolhido
pelo então presidente do Sindicato dos Lojistas do Brás, Wehbe
Dawalibi, o Jô. "Ele dizia aos comerciantes que, com esse dinheiro, iam retirar 800 ambulantes do
Brás", disse Ana Maria.
Além disso, segundo ela, foi feito um acerto para a cobrança de
R$ 1.250 por barraca instalada no
largo da Concórdia. "O que não
sei é como o acerto era feito entre
eles e como chegava ao Garib."
Ana Maria disse que a reafirmação da denúncia será feita também pelo presidente do Sindicato
dos Camelôs Independentes de
São Paulo, Afonso José da Silva,
30, onde a ambulante atua.
No trabalho
Ontem, Ana Maria saiu do velório de Gilberto Monteiro da Silva,
na Igreja Santa Ifigênia, às 12h, e
foi para sua barraca, no Brás.
"Quando um companheiro é
morto, ele vira mais um motivo
para a gente continuar a luta",
disse, enquanto vendia lingerie
em sua barraca.
(SA)
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