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Três professoras são feitas reféns em Rio Preto
DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os 72 internos da Febem
de São José do Rio Preto (440
km a noroeste de São Paulo)
fizeram uma rebelião, ontem, durante cerca de três
horas. Três professoras foram mantidas reféns.
Segundo a assessoria da
Febem, o motim teria começado depois do cancelamento de um torneio de futebol
na unidade. A medida teria
sido tomada por questões de
segurança, pois o efetivo de
monitores estava reduzido.
"Dos 23 funcionários, 5 estão afastados devido a uma
denúncia antiga. Agora,
mais três estão de licença
médica, o que impossibilitou a realização do torneio",
disse o assessor de imprensa,
Joaquim Maria Botelho.
Durante o motim, adolescentes tentaram fugir pulando o muro dos fundos da
unidade, mas foram impedidos pela tropa de choque da
PM. A polícia entrou na Febem depois que a situação já
havia sido controlada, para
fazer uma revista.
Segundo o setor de comunicação da PM, dois menores ficaram levemente feridos durante a rebelião e foram levados para o hospital.
A informação foi negada pela assessoria de comunicação da Febem em São Paulo.
Sindicâncias
Essa é a 43ª rebelião do ano
nas unidades da Febem espalhadas pelo Estado, 32 das
quais somente nas de Franco
da Rocha. De acordo com a
fundação, 12 sindicâncias,
abertas para investigar os
motins, foram concluídas.
As investigações apontaram que, em parte das rebeliões, houve o envolvimento
de funcionários. A venda de
chaves das celas para os adolescentes foi uma das práticas atribuídas a eles, de acordo com as sindicâncias.
Desde então, 38 funcionários -que tiveram participação comprovada em motins- foram demitidos da
Febem por justa causa.
A fundação investiga, por
exemplo, como os adolescentes de Franco da Rocha
conseguiram sair das celas,
na última rebelião, quando
foram trancados, horas antes, usando apenas cueca.
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