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Bar fecha às 23h para inibir crime
DA REPORTAGEM LOCAL
Na noite do último 23 de fevereiro, passistas e ritmistas ensaiavam na quadra da escola de samba Unidos da Vila Conceição
quando um tiroteio entre duas
quadrilhas rivais teve início.
O resultado terminou em marcha fúnebre: duas pessoas morreram, entre elas uma menina de
dez anos, e 20 ficaram feridas.
Até o ano 2000, Diadema liderava o ranking de cidade mais violenta do Estado. Naquele ano, o
índice era de 108,87 mortes para
cada grupo de 100.000 pessoas.
Em 2001, segundo informações
da Fundação Seade, a cidade reduziu em 20% essa lista: para cada
100.000 pessoas, 86,81 foram assassinadas. Mesmo assim, o número ainda é alto, comparado
com a média do Estado de São
Paulo, que é de 41,73.
Para tentar conter o avanço das
mortes violentas, a prefeitura instituiu o fechamento de bares às
23h. A medida começou a valer a
partir de julho do ano passado e
tem apresentado resultados.
Segundo informações da Coordenadoria de Defesa Social, no segundo semestre de 2001 houve 94
homicídios na cidade. No mesmo
período do ano passado, 74 pessoas foram assassinadas em Diadema.
"Fazemos um mapeamento da
violência no município a partir de
dados da Polícia Civil", afirma o
secretário de Governo, Arquimedes Andrade.
O presidente da Associação Filantrópica 25 de Julho, na favela
Naval, Carlos Antonio Rodrigues,
diz que a ação da polícia tem reduzido a violência na região.
"Eles [os policiais] sempre fazem ronda por aqui", afirma.
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