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São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2003

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Bar fecha às 23h para inibir crime

DA REPORTAGEM LOCAL

Na noite do último 23 de fevereiro, passistas e ritmistas ensaiavam na quadra da escola de samba Unidos da Vila Conceição quando um tiroteio entre duas quadrilhas rivais teve início.
O resultado terminou em marcha fúnebre: duas pessoas morreram, entre elas uma menina de dez anos, e 20 ficaram feridas.
Até o ano 2000, Diadema liderava o ranking de cidade mais violenta do Estado. Naquele ano, o índice era de 108,87 mortes para cada grupo de 100.000 pessoas.
Em 2001, segundo informações da Fundação Seade, a cidade reduziu em 20% essa lista: para cada 100.000 pessoas, 86,81 foram assassinadas. Mesmo assim, o número ainda é alto, comparado com a média do Estado de São Paulo, que é de 41,73.
Para tentar conter o avanço das mortes violentas, a prefeitura instituiu o fechamento de bares às 23h. A medida começou a valer a partir de julho do ano passado e tem apresentado resultados.
Segundo informações da Coordenadoria de Defesa Social, no segundo semestre de 2001 houve 94 homicídios na cidade. No mesmo período do ano passado, 74 pessoas foram assassinadas em Diadema.
"Fazemos um mapeamento da violência no município a partir de dados da Polícia Civil", afirma o secretário de Governo, Arquimedes Andrade.
O presidente da Associação Filantrópica 25 de Julho, na favela Naval, Carlos Antonio Rodrigues, diz que a ação da polícia tem reduzido a violência na região.
"Eles [os policiais] sempre fazem ronda por aqui", afirma.


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