São Paulo, terça-feira, 18 de maio de 2004

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Polícia investiga se preso está ligado a seqüestro de empresário

DO "AGORA"

A equipe do perito Ricardo Molina, da Unicamp (Universidade de Campinas), vai comparar gravações da voz de Osmir Donizeti Grigoleto, 32, o Gordinho, apontado como um dos maiores seqüestradores do Estado, com gravações de conversas telefônicas feitas entre os seqüestradores e a família do empresário Ivandel Machado Godinho Filho, 55, seqüestrado desde outubro do ano passado.
A polícia acredita que Gordinho, que, após dois anos de investigação foi preso em uma ação policial num motel no Jabaquara (zona sul da capital), no último domingo, esteja envolvido em cerca de 20 seqüestros no Estado -desses, dois casos já lhe renderam duas prisões preventivas.
O preso é, na opinião da polícia, o responsável pelas negociações por telefone dos resgates com as famílias das vítimas.
A comparação das vozes será realizada graças ao banco de vozes -espécie de banco de dados com gravações telefônicas colhidas pela polícia- da Divisão Anti-Seqüestro. A análise deve ajudar no esclarecimento de outros casos também.
Entre os seqüestros que a polícia suspeita haver envolvimento de Gordinho está o do estudante Marcelo Kasinski, 25, sobrinho do ex-proprietário da Cofap, que foi rendido em 8 de setembro e libertado em 1º de outubro, e o de Godinho Filho.
Sobre Kasinski, de acordo com a polícia, Gordinho teria confessado participação em depoimento informal. A respeito do caso do jornalista, o qual o criminoso nega qualquer tipo de participação, a polícia afirma ter apenas "fortes suspeitas".
O jornalista Godinho Filho é proprietário da assessoria de imprensa In Press Porter Novelli e, apesar de a família já ter pago o resgate, continua desaparecido.


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