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Familiares de soldado morto ainda têm medo
DA REPORTAGEM LOCAL
O último compromisso do
soldado Anderson Andrade,
23, antes de ser morto pelo
PCC, na madrugada de sábado, foi assistir à apresentação dos sobrinhos na festa
do Dia das Mães do colégio
onde estudam, em Santo
André. Ele sonhava em ter
família grande no futuro e,
até que isso acontecesse, paparicava os filhos da irmã.
"Ele era supertranqüilo:
não bebia, não fumava, não
era de sair para a balada",
conta o cunhado de Anderson, que não quer se identificado por também ser da PM.
O cunhado conta que a família está apavorada desde o
fim de semana. "Minha filha
pede para que eu não vá trabalhar e minha mulher acorda com pesadelos", diz.
"Mas esse é meu trabalho e a
gente tem de tocar a vida."
Anderson, conta, amava a
profissão e não tinha medo
de bandidos. "Ele era bom.
Tanto que sua viatura levou
50 tiros e só uma bala o atingiu." Ele fazia ronda escolar
quando dois automóveis
passaram disparando.
(DT)
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