São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 2006

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Familiares de soldado morto ainda têm medo

DA REPORTAGEM LOCAL

O último compromisso do soldado Anderson Andrade, 23, antes de ser morto pelo PCC, na madrugada de sábado, foi assistir à apresentação dos sobrinhos na festa do Dia das Mães do colégio onde estudam, em Santo André. Ele sonhava em ter família grande no futuro e, até que isso acontecesse, paparicava os filhos da irmã.
"Ele era supertranqüilo: não bebia, não fumava, não era de sair para a balada", conta o cunhado de Anderson, que não quer se identificado por também ser da PM.
O cunhado conta que a família está apavorada desde o fim de semana. "Minha filha pede para que eu não vá trabalhar e minha mulher acorda com pesadelos", diz. "Mas esse é meu trabalho e a gente tem de tocar a vida." Anderson, conta, amava a profissão e não tinha medo de bandidos. "Ele era bom. Tanto que sua viatura levou 50 tiros e só uma bala o atingiu." Ele fazia ronda escolar quando dois automóveis passaram disparando. (DT)


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