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Favela em área valorizada de SP irá abrigar Cohab "chique"
Das 854 famílias que moravam no Jardim Edite (zona sul), 278 serão beneficiadas
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Em uma das áreas mais valorizadas de São Paulo, a prefeitura vai construir um conjunto
habitacional popular.
Na antiga favela do Jardim
Edite, na esquina da avenida
Jornalista Roberto Marinho
(antiga Água Espraiada) com a
Engenheiro Luiz Carlos Berrini, a poucos metros da ponte
Octavio Frias de Oliveira, o
mais novo cartão-postal de São
Paulo, vai ser construída a Cohab mais "chique" da cidade.
O empreendimento terá projeto arquitetônico exclusivo,
segundo o secretário municipal
da Habitação, Elton Santa Fé
Zacarias, por uma determinação do prefeito Kassab (DEM).
Serão 278 familías beneficiadas, dentre as 854 que viviam
na antiga favela. No local, ainda
restam 108. Os apartamentos
terão 48 m2 -o padrão da Cohab é 42 m2. Um dos blocos, do
total de sete, terá até elevador,
raro por encarecer o custo.
Cada apartamento deve custar de R$ 65 mil a R$ 70 mil, já
incluída a infraestrutura do local. Os novos moradores vão
pagar cerca de R$ 300 mensais
-o valor da parcela ainda não
está definido-, fora o condomínio. A licitação para a obra
deve ser lançada em dois meses
e o conjunto deve ser concluído
em meados de 2010.
Os movimentos de moradia,
críticos da política habitacional
do governo Kassab, gostaram
do projeto, mas ressalvam que
é preciso manter as políticas
sociais para que a especulação
imobiliária não atue na região,
forçando a saída dos antigos
moradores da favela.
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