São Paulo, segunda-feira, 18 de maio de 2009

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Favela em área valorizada de SP irá abrigar Cohab "chique"

Das 854 famílias que moravam no Jardim Edite (zona sul), 278 serão beneficiadas

EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em uma das áreas mais valorizadas de São Paulo, a prefeitura vai construir um conjunto habitacional popular.
Na antiga favela do Jardim Edite, na esquina da avenida Jornalista Roberto Marinho (antiga Água Espraiada) com a Engenheiro Luiz Carlos Berrini, a poucos metros da ponte Octavio Frias de Oliveira, o mais novo cartão-postal de São Paulo, vai ser construída a Cohab mais "chique" da cidade.
O empreendimento terá projeto arquitetônico exclusivo, segundo o secretário municipal da Habitação, Elton Santa Fé Zacarias, por uma determinação do prefeito Kassab (DEM).
Serão 278 familías beneficiadas, dentre as 854 que viviam na antiga favela. No local, ainda restam 108. Os apartamentos terão 48 m2 -o padrão da Cohab é 42 m2. Um dos blocos, do total de sete, terá até elevador, raro por encarecer o custo.
Cada apartamento deve custar de R$ 65 mil a R$ 70 mil, já incluída a infraestrutura do local. Os novos moradores vão pagar cerca de R$ 300 mensais -o valor da parcela ainda não está definido-, fora o condomínio. A licitação para a obra deve ser lançada em dois meses e o conjunto deve ser concluído em meados de 2010.
Os movimentos de moradia, críticos da política habitacional do governo Kassab, gostaram do projeto, mas ressalvam que é preciso manter as políticas sociais para que a especulação imobiliária não atue na região, forçando a saída dos antigos moradores da favela.


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