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São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2003

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Cidade tem 2º maior congestionamento

DA REPORTAGEM LOCAL

O resultado da greve dos metroviários foi um dia de trânsito sobrecarregado para os paulistanos.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) estima que a capital paulista teve um acréscimo de 700 mil carros nas ruas -de uma frota circulante de 3,5 milhões. Nas principais vias houve lentidão, pontos e terminais de ônibus ficaram lotados e nenhuma das 52 estações do Metrô funcionou. Às 9h30 havia 122 km de filas. A maior marca deste ano pela manhã, de 123 km, foi em 8 de abril, dia de greve dos ônibus.
Uma manifestação de metalúrgicos ligados à Força Sindical também contribuiu para aumentar a lentidão -1.500 manifestantes se concentraram em frente ao Ministério da Fazenda, na região central, para pedir a redução da taxa básica de juros.
Para tentar amenizar os efeitos da paralisação, a SPTrans (órgão municipal que cuida do transporte) prolongou ontem até as estações as linhas de ônibus que chegam até as proximidades do Metrô e colocou toda a frota- de 15 mil veículos- para rodar. A EMTU (órgão estadual que cuida dos ônibus intermunicipais) aumentou de 1.204 para 1.520 a quantidade de veículos. Os esquemas serão mantidos hoje.
Ontem, porém, eles não foram suficientes. No terminal Jabaquara (zona sul), ônibus e peruas não conseguiam atender todos os passageiros. "Não há condições nem de entrar nas peruas e nos ônibus", disse a estagiária de direito Mônica Calixto. Para quem trabalha na mesma região, a solução foi dividir o táxi. "Vamos dividir em quatro", contou a secretária Analice da Silva, que ia para o centro.
Quem saiu de casa de carro também chegou atrasado ao trabalho. "Estou ouvindo música, tentando relaxar para não ficar irritada", disse a decoradora Vanessa de Lucca. "Geralmente demoro 20 minutos para chegar ao escritório. Mas já faz mais de uma hora que estou no trânsito."
Na estação Corinthians-Itaquera, a CPTM decidiu impedir a parada de trens da linha E (Brás-Guaianazes) para evitar tumultos em razão do excesso de demanda. (SI E AI)


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