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Cidade tem 2º maior congestionamento
DA REPORTAGEM LOCAL
O resultado da greve dos metroviários foi um dia de trânsito sobrecarregado para os paulistanos.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) estima que a
capital paulista teve um acréscimo de 700 mil carros nas ruas
-de uma frota circulante de 3,5
milhões. Nas principais vias houve lentidão, pontos e terminais de
ônibus ficaram lotados e nenhuma das 52 estações do Metrô funcionou. Às 9h30 havia 122 km de
filas. A maior marca deste ano pela manhã, de 123 km, foi em 8 de
abril, dia de greve dos ônibus.
Uma manifestação de metalúrgicos ligados à Força Sindical
também contribuiu para aumentar a lentidão -1.500 manifestantes se concentraram em frente ao
Ministério da Fazenda, na região
central, para pedir a redução da
taxa básica de juros.
Para tentar amenizar os efeitos
da paralisação, a SPTrans (órgão
municipal que cuida do transporte) prolongou ontem até as estações as linhas de ônibus que chegam até as proximidades do Metrô e colocou toda a frota- de 15
mil veículos- para rodar. A EMTU (órgão estadual que cuida dos
ônibus intermunicipais) aumentou de 1.204 para 1.520 a quantidade de veículos. Os esquemas serão mantidos hoje.
Ontem, porém, eles não foram
suficientes. No terminal Jabaquara (zona sul), ônibus e peruas não
conseguiam atender todos os passageiros. "Não há condições nem
de entrar nas peruas e nos ônibus", disse a estagiária de direito
Mônica Calixto. Para quem trabalha na mesma região, a solução foi
dividir o táxi. "Vamos dividir em
quatro", contou a secretária Analice da Silva, que ia para o centro.
Quem saiu de casa de carro
também chegou atrasado ao trabalho. "Estou ouvindo música,
tentando relaxar para não ficar irritada", disse a decoradora Vanessa de Lucca. "Geralmente demoro 20 minutos para chegar ao
escritório. Mas já faz mais de uma
hora que estou no trânsito."
Na estação Corinthians-Itaquera, a CPTM decidiu impedir a parada de trens da linha E (Brás-Guaianazes) para evitar tumultos
em razão do excesso de demanda.
(SI E AI)
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