|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Hantavirose causa mais 2 mortes no entorno do Distrito Federal
LUIS RENATO STRAUSS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Secretaria de Estado da Saúde
de Goiás confirmou a ocorrência
de duas mortes por hantavirose
no entorno do Distrito Federal.
Com isso, sobe para cinco o número de mortes na região desde o
fim de maio.
Mais duas pessoas permanecem
internadas em Brasília e outras
três, que contraíram o vírus, foram liberadas, afirmou a Secretaria de Saúde do DF. As novas
mortes são dos municípios de
Cristalina e de Pirenópolis, ambos
na região de Goiás conhecida como Entorno do DF por sua proximidade da capital federal.
A hantavirose é uma doença
transmitida por pó ou água contaminados pela urina ou fezes de
ratos silvestres. Os sintomas da
doença são: febre, dores abdominais, musculares e de cabeça. A
doença pode evoluir para a insuficiência respiratória e causar a
morte do paciente. A falência dos
pulmões é causada por derrame
pleural (hemorragia na membrana que envolve os pulmões) e edema pulmonar (acúmulo anormal
de líquido nos pulmões).
Os primeiros casos foram notificados no dia 22 de maio, quando
três pessoas morreram em Brasília, duas da cidade-satélite de São
Sebastião e uma de Paranoá. Depois dos exames clínicos, foi descartado a hantavirose para o de
Paranoá. Na semana seguinte,
mais uma pessoa vinda de São Sebastião morreu. Na semana passada, houve uma morte sob suspeita da doença na cidade, ainda
não confirmada.
O governo do DF passou a investigar todos os casos que poderiam estar relacionadas ao vírus.
Os hospitais, quando há suspeita
de doenças endêmicas, notificam
a vigilância sanitária e recolhem
amostras de sangue ou de vísceras
dos pacientes. As amostras de casos suspeitos de hantavirose foram encaminhadas ao Instituto
Adolfo Lutz, de São Paulo.
Na investigação, foi constatado
que as mortes de Cristalina e de
Pirenópolis, ocorridas em 4 de
maio e 8 de junho, foram motivadas pela hantavirose.
A secretaria de Goiás informou
ontem que as duas mortes podem
estar relacionadas com os casos
da cidade-satélite de Brasília. O
município de Cristalina faz divisa
com São Sebastião, principal foco
da doença. E a paciente de Pirenópolis tinha uma casa na cidade e
outra em Brasília.
Inspeções da vigilância sanitária
em 183 casas de São Sebastião
constataram a presença de ratos
em 51,91% delas.
Texto Anterior: Outro lado: Crise prejudicou descumprimento de meta, diz governo Próximo Texto: Médicos do Rio aderem a protesto contra planos Índice
|