|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CRIME
Ele tentou fugir pelo esgoto do córrego Aricanduva
Ladrão ataca mulher, mas apanha dela e de testemunhas e é preso
DO "AGORA"
Marcos Meneses, 30, imaginou
que não precisaria de arma para
roubar a bolsa de uma mulher.
Imaginou errado: a judoca Ana
Cláudia Rufino, 32, reagiu com
murros e pontapés contra o ladrão, que acabou preso.
Massoterapeuta, Rufino pratica
judô, "por esporte", há quatro
anos -está na faixa verde, a
quinta numa escala de oito. Foi o
primeiro assalto sofrido por ela.
Ao ser atacada, conta que ficou
nervosa demais para usar as técnicas da arte marcial. "Dei logo
uns murros e chutes na cara dele."
Rufino foi atacada quando voltava para sua casa, na avenida Aricanduva, próximo ao shopping,
em Cidade Líder (zona leste), às
21h de anteontem.
O ladrão seguiu a massoterapeuta após ela se afastar do ponto
de ônibus. Meneses pôs as mãos
na jaqueta para fingir que estava
armado. Depois, puxou a bolsa de
Rufino, que não o deixou levá-la.
Meneses, então, empurrou-a e
deu um soco em seu rosto, derrubando-a no chão. Rufino se levantou, foi para cima e derrubou-o
também. "Foi aquela luta", comentou ela.
Testemunhas na rua logo ligaram para a polícia. Para mantê-las
afastadas, Meneses disse ao grupo
que tudo não passava de uma briga de namorados. Acabou apanhando mais. "Quando o ouvi dizendo que eu era sua namorada,
fui até lá e lhe dei outro murro",
lembrou Rufino, ainda nervosa.
Depois que ela explicou ao grupo que se tratava de um assalto, as
pessoas cercaram Meneses e também passaram a espancá-lo. "Fiquei todo quebrado", disse o criminoso à reportagem, horas mais
tarde, dentro de sua cela, coberto
de hematomas. Mesmo após a
pancadaria, o ladrão conseguiu
fugir: pulou no córrego Aricanduva e entrou numa tubulação de esgoto. A PM, porém, cercou as saídas da tubulação, e Meneses foi
preso na avenida Gualtar.
Na delegacia, ele negou que tivesse, na abordagem, apanhado
da judoca. "Eu apanhei da multidão. Dela, sozinha, não." Menezes
admitiu o crime e contou que já
havia sido preso antes por roubo.
"Só assalto porque estou desempregado há dois anos e minha
mulher está grávida."
A polícia não recomenda, sob
hipótese alguma, reagir a assaltos.
A vítima, porém, disse que agiu
por impulso. "Quando vi, já tinha
feito." Rufino não sabe se voltará
a atacar caso um assaltante se
aproxime novamente. "Só se eu
estiver na TPM", brincou.
Texto Anterior: Espírito Santo: Arcebispo é esfaqueado por aposentado Próximo Texto: Infância: Febem de Franco da Rocha tem 2 rebeliões em menos de 5 horas Índice
|