|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Não tive coragem de ir até o local", conta morador
DA REPORTAGEM LOCAL
Eram 18h49. Marcelus Fozatti, 30, olhou para o relógio e
saiu para abrir o portão de casa
a um amigo. Estava bem de
frente para o local da tragédia, a
menos de cem metros dela. Em
um minuto, ele viu um clarão
de arder os olhos subindo e ouviu um estrondo que parecia de
pólvora. Muita pólvora.
"Nem sabia o que havia ocorrido. Mas entrei voando e liguei
para os bombeiros. Foi minha
primeira reação. Em poucos
minutos, eles chegaram com
muitas viaturas", conta. "Quando ia me dirigindo ao local, encontrei pessoas correndo no
sentido contrário, gritando, falando sobre o acidente. Tentei
chegar até o local para ver. Mas
não tive coragem. Travei. Voltei
para trás no meio do caminho."
Pela TV, Marcelus acompanhou os detalhes da tragédia.
"Isso é cruel demais. Eu estava
de frente para tudo aquilo. Naquela hora, tinha muita gente
passando pela Washington
Luiz, voltando para casa", diz.
"No meio da avenida, ainda tem
muitos destroços, o avião arrastou muita coisa."
No prédio da TAM, onde o
avião bateu, conta, trabalha
muita gente. "No posto de gasolina ao lado também. Ele estava
funcionando e não sei se alguém se machucou. Esperamos
que não porque a catástrofe já
está grande demais."
Texto Anterior: Médico da Unifesp descobre filho entre os feridos, internado em estado grave Próximo Texto: Parecia uma bola de fogo, dizem moradores Índice
|