São Paulo, quarta-feira, 18 de julho de 2007

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"Não tive coragem de ir até o local", conta morador

DA REPORTAGEM LOCAL

Eram 18h49. Marcelus Fozatti, 30, olhou para o relógio e saiu para abrir o portão de casa a um amigo. Estava bem de frente para o local da tragédia, a menos de cem metros dela. Em um minuto, ele viu um clarão de arder os olhos subindo e ouviu um estrondo que parecia de pólvora. Muita pólvora.
"Nem sabia o que havia ocorrido. Mas entrei voando e liguei para os bombeiros. Foi minha primeira reação. Em poucos minutos, eles chegaram com muitas viaturas", conta. "Quando ia me dirigindo ao local, encontrei pessoas correndo no sentido contrário, gritando, falando sobre o acidente. Tentei chegar até o local para ver. Mas não tive coragem. Travei. Voltei para trás no meio do caminho."
Pela TV, Marcelus acompanhou os detalhes da tragédia. "Isso é cruel demais. Eu estava de frente para tudo aquilo. Naquela hora, tinha muita gente passando pela Washington Luiz, voltando para casa", diz. "No meio da avenida, ainda tem muitos destroços, o avião arrastou muita coisa."
No prédio da TAM, onde o avião bateu, conta, trabalha muita gente. "No posto de gasolina ao lado também. Ele estava funcionando e não sei se alguém se machucou. Esperamos que não porque a catástrofe já está grande demais."


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