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Villa-Lobos será 1º parque adaptado
AMARÍLIS LAGE
DA REPORTAGEM LOCAL
Rampas, telefones para deficientes auditivos e mapas táteis
são alguns dos dispositivos que
tornarão o Villa-Lobos (zona oeste) o primeiro parque de São Paulo completamente adaptado para
pessoas com deficiências físicas.
As obras de requalificação do
parque começaram no dia 14 de
julho e a primeira fase será inaugurada no próximo dia 29, às 11h,
com a apresentação da orquestra
do maestro Diogo Pacheco e do
violonista Turíbio Santos, que é
diretor do museu Villa-Lobos, no
Rio de Janeiro. No repertório,
obras do compositor carioca que
dá nome ao parque.
Toda a área será acessível a deficientes, de modo que eles não precisem de ajuda para se locomover
ou se localizar, segundo o administrador Flávio Scavazin. Nos banheiros, haverá adaptações para
usuários de cadeiras de rodas. Deficientes auditivos terão telefones
especiais. A fundação Dorina Nowill, que trabalha com deficientes
visuais, participou da elaboração
de mapas em braile e de marcações padronizadas no solo, que
indicam a localização do visitante.
A Secretaria Estadual do Meio
Ambiente, que administra o Villa-Lobos, disse não ter outro parque
na cidade com todas essas adaptações. Nos parques municipais elas
também estão ausentes, segundo
a Secretaria do Verde e do Meio
Ambiente, que promete, porém,
incluir a preocupação com a acessibilidade nos cinco parques que
pretende inaugurar neste ano.
A primeira fase do projeto de revitalização do Villa-Lobos inclui,
além das mudanças para deficientes físicos, a substituição e manutenção de brinquedos e bancos,
construção de um sistema de drenagem, reformulação de placas e
mapas, instalação de bebedouros
e recuperação nas pistas: são 1.500
km de ciclovia e 2.400 km de pistas para caminhada.
Ao todo, serão investidos R$ 3,5
milhões no projeto, dos quais R$
600 mil já foram gastos, segundo a
Comgás (Companhia de Gás de
São Paulo), que patrocina a obra.
Segundo a administração do
parque, para o ano que vem está
prevista a criação de 400 novas vagas no estacionamento do parque, que atualmente tem capacidade para abrigar 750 carros.
A segunda fase do projeto também está prevista para o ano que
vem e é ambiciosa: ela prevê a recuperação de 350 mil m2 do parque que hoje estão fechados ao
público. A área quase equivale ao
espaço atualmente utilizado, de
aproximadamente 400 mil m2.
Segundo a administração do
parque, essa área tinha uma infra-estrutura precária e está isolada
desde 2000, por questão de segurança. O projeto a ser adotado,
porém, ainda está em discussão, e
não há previsão de quando essa
área será aberta ao público.
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