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MINAS GERAIS
Corpo achado em reservatório causa indenização
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou o pagamento de indenização a moradores de
Aimorés (469 km de Belo
Horizonte) que utilizaram
água de um reservatório
onde havia um corpo em
decomposição.
Em setembro de 2004,
João Carlos Miranda Barbosa, que era fugitivo da
cadeia, foi assassinado e o
seu corpo colocado em um
dos reservatórios do Saae
(Serviço Autônomo de
Água e Esgoto) da cidade.
O corpo só foi localizado
cinco dias depois, após
moradores da avenida Liberdade reclamarem da
qualidade da água. Na
ação, eles alegaram ter sido alvo de chacotas porque teriam bebido "água
de defunto". Ninguém, no
entanto, apresentou problemas de saúde.
A Justiça mineira fixou
a quantia em R$ 600 para
cada morador, decisão
mantida pelo STF.
A advogada do Saae,
Glória Rabelo, afirmou
que nem todas as ações
dos cerca de 450 moradores foram julgadas. Segundo ela, a empresa não foi
culpada pois o fato foi causado por terceiros e o reservatório estava fechado.
O diretor do Saae, Antônio Pereira, disse que o local onde o corpo foi encontrado servia como um reservatório para descarga
de água, por isso só afetou
uma pequena parte da população. Segundo ele, o reservatório foi inutilizado.
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