São Paulo, sábado, 18 de agosto de 2007

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Em Porto Alegre, prefeitura vai limitar acesso de ônibus ao centro

Cidade vai implantar, até 2010, sistema de linhas rápidas no transporte coletivo

SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A Prefeitura de Porto Alegre quer impedir o acesso de ônibus convencionais de passageiros ao centro da cidade. Para isso, conseguiu doação de US$ 500 mil (R$ 1,01 milhão) do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para implantar, em três anos, um sistema de linhas rápidas de ônibus chamado "Bus Rapid Transit".
A iniciativa já existe, com outros nomes, em cidades como Santiago (Chile), Bogotá (Colômbia) e Cidade do México.
Serão desenvolvidos 160 ônibus novos, movidos a biodiesel e não-poluentes. Só esses veículos terão acesso ao centro, que hoje comporta 33 mil viagens diárias de ônibus dos outros bairros e de municípios da região metropolitana.
Esses ônibus recolherão passageiros em três pontos estratégicos para levá-los o centro. O objetivo é evitar congestionamentos e reduzir a poluição.
Segundo o secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico de Porto Alegre, Clóvis Magalhães, o design está sendo estudado com empresas que desenvolvem carrocerias de caminhões e ônibus. "Serão ônibus articulados, com mais portas de entrada e saída e piso baixo para facilitar o acesso."
Magalhães afirmou que os ônibus do sistema circularão em velocidade maior do que os convencionais, com recolhimento de passageiros a cada três minutos.
Os ônibus convencionais têm capacidade para 90 pessoas e 12 metros de comprimento. Os novos deverão ter espaço para 160 pessoas e 18 metros.
Quanto ao combustível, o secretário disse que o princípio básico é que não seja poluente. A prefeitura está negociando com Sulgás e Ipiranga a utilização de fontes não-fósseis -como plantas e rejeitos.

Obras
Além dos recursos do BID, a prefeitura está fechando, por meio de PPP (Parceria Público-Privada), contrato com duas empresas, que serão responsáveis por obras de infra-estrutura e manutenção. O custo para implantar o sistema é de US$ 260 milhões (R$ 525 milhões).
Para viabilizar o sistema, Magalhães disse que será preciso fazer obras no centro da cidade, abrindo túneis e modificando o atual desenho viário. Ele afirmou que as obras começarão em até um ano, com previsão de término em 2010.


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