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Para Contran, debate de idéia foi suficiente
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Alfredo Peres da Silva, presidente do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e
diretor do Denatran (Departamento Nacional do Trânsito), admite a existência dos
lobbies, mas disse que há
tanto forças favoráveis como
desfavoráveis à medida.
"Isso é normal. Estamos
mexendo com mais de 40
milhões de condutores de
veículos. São lobbies favoráveis e desfavoráveis ao sistema. Independentemente de
qualquer coisa, essa decisão
é uma questão de política pública para proteger o patrimônio do cidadão", disse.
Após a decisão pela obrigatoriedade dos equipamentos
de bloqueio e rastreamento
nos veículos, o Denatran prepara portaria para definir o
tipo de tecnologia que será
usada no sistema.
A indústria automobilística vem se colocando como
opositora número 1 do sistema de rastreamento, com a
justificativa de que os equipamentos elevarão os custos
de produção dos carros.
Segundo Peres, nos dez
anos de tramitação do projeto que deu origem à lei que
prevê o sistema, todos os setores interessados tiveram
oportunidade de contribuir
para a proposta.
Ele discorda da afirmação
de que não houve debate suficiente no Contran. Embora
o tema não tenha sido discutido nas câmaras temáticas,
Peres argumenta que foi
criado um grupo técnico para analisar o assunto.
Ex-diretor da NTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística),
Peres não vê incompatibilidade entre suas atuais atribuições e a estreita ligação
que tem com o setor de
transporte de cargas. "Você
tem que ter compromisso
com o cargo que está ocupando", declara.
O diretor justifica a necessidade de instalação dos rastreadores nos carros como
forma de combater os 380
mil roubos de veículos que
ocorrem por ano no Brasil.
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