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Familiares protestam em Congonhas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois de um mês da
tragédia que deixou 199
mortos, parentes das vítimas do vôo JJ3054 da
TAM realizaram um protesto ontem, em Congonhas. Reunidos no check-in da TAM, eles deram as
mãos em círculo e fizeram
um minuto de silêncio
-interrompido apenas
pelo anúncio de um vôo.
Escoltados pela polícia e
pela CET, os parentes caminharam pela avenida
Washington Luis -que ficou fechada por cinco minutos, às 18h30 -até o antigo prédio da TAM Express, contra o qual se chocou o Airbus-A320.
Os parentes rezaram,
choraram abraçados, penduraram cartazes e jogaram flores nos escombros.
Com a foto de seu companheiro -o comissário
Alvaro Breguez-, Evaldo
Gil chorou com o rosto
grudado ao tapume que
protegia os restos do prédio. "Dói muito estar aqui.
Mas quis prestar essa homenagem a quem foi meu
companheiro, meu sócio,
tudo na vida." Ele diz estar
realizando o último sonho
de Álvaro, que tomara o
vôo após deixar a sobrinha
em Porto Alegre, onde ela
faria um curso de aeromoça. "Ela será aeromoça, como ele queria."
Vinícius Bonato, 20, foi
ao protesto e conheceu o
local onde morreu o pai,
Ivalino -uma das cinco vítimas não identificadas
pelo IML. "Passar o Dia
dos Pais sem poder levar
flores ao cemitério é insuportável", afirmou.
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