São Paulo, sábado, 18 de agosto de 2007

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Familiares protestam em Congonhas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Depois de um mês da tragédia que deixou 199 mortos, parentes das vítimas do vôo JJ3054 da TAM realizaram um protesto ontem, em Congonhas. Reunidos no check-in da TAM, eles deram as mãos em círculo e fizeram um minuto de silêncio -interrompido apenas pelo anúncio de um vôo.
Escoltados pela polícia e pela CET, os parentes caminharam pela avenida Washington Luis -que ficou fechada por cinco minutos, às 18h30 -até o antigo prédio da TAM Express, contra o qual se chocou o Airbus-A320.
Os parentes rezaram, choraram abraçados, penduraram cartazes e jogaram flores nos escombros.
Com a foto de seu companheiro -o comissário Alvaro Breguez-, Evaldo Gil chorou com o rosto grudado ao tapume que protegia os restos do prédio. "Dói muito estar aqui. Mas quis prestar essa homenagem a quem foi meu companheiro, meu sócio, tudo na vida." Ele diz estar realizando o último sonho de Álvaro, que tomara o vôo após deixar a sobrinha em Porto Alegre, onde ela faria um curso de aeromoça. "Ela será aeromoça, como ele queria."
Vinícius Bonato, 20, foi ao protesto e conheceu o local onde morreu o pai, Ivalino -uma das cinco vítimas não identificadas pelo IML. "Passar o Dia dos Pais sem poder levar flores ao cemitério é insuportável", afirmou.


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