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CASOS FAMOSOS
Sequestro mais longo durou 76 dias em SP
da Reportagem Local
O sequestro mais longo registrado pela polícia de São
Paulo aconteceu em 1994,
quando o empresário e fazendeiro Décio Ribeiro ficou 76
dias no cativeiro.
Ele só foi libertado no dia 7
de março, depois de a família
ter pago o resgate -estimado
em US$ 630 milhões. Na época,
Ribeiro era dono de 40 fazendas, sendo dez na região de Espírito Santo do Pinhal (no interior paulista).
Outro sequestro que mobilizou a polícia por muito tempo
foi o do ex-vice-presidente do
banco Bradesco Antônio Beltran Martinez. Ele ficou nas
mãos dos criminosos por 41
dias e só foi libertado após o
pagamento de US$ 4 milhões.
Mesmo após o resgate, em
dezembro de 1986, esse caso foi
alvo de muita discussão, porque alguns policiais que participaram das negociações foram acusados de ter planejado
o sequestro. Um deles chegou a
ser preso.
Mas o sequestro que mais
provocou polêmica nos últimos anos foi o do empresário
Abílio Diniz, do grupo Pão de
Açúcar, em 1989.
Ele ficou uma semana preso
em um quarto no subsolo de
uma casa no bairro do Jabaquara (zona sul de São Paulo).
A polícia descobriu o cativeiro
e prendeu os criminosos: cinco
chilenos, dois argentinos, dois
canadenses e um brasileiro.
Investigações posteriores
mostraram que os sequestradores haviam planejado a ação
com detalhes.
Foram encontrados mil slides -ilustrando a vida do empresário-, metralhadoras, revólveres, pistolas e documentos que provam que mais de
um apartamento foi alugado
para a ação.
Depois de nove anos presos,
os sequestradores -que alegam ter cometido o crime para
angariar recursos para a guerrilha em El Salvador- fizeram
em abril uma greve de fome
reivindicando a extradição para seus países de origem e a libertação do brasileiro. Eles ficaram 16 dias sem comer.
Apesar de terem conseguido
a promessa de que seriam colocados em regime semi-aberto,
até hoje seus casos não foram
revistos pela Justiça.
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