São Paulo, sexta, 18 de setembro de 1998

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Rio tem redução no número de casos

da Sucursal do Rio

O Rio de Janeiro registrou este ano, até agora, 13 casos de sequestros -uma redução expressiva em relação ao total de casos do ano passado, quando oficialmente houve 59 pessoas sequestradas.
Ontem, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, policiais libertaram a 13ª vítima de 98, Matiko Atsumi, mulher de um empresário de Teresópolis, na região serrana. Três supostos sequestradores foram presos. Desde o início de julho não havia registro de sequestros no Rio.
Para o superintendente da Associação Rio Contra o Crime, Zeca Borges, 55, a queda do número de sequestros no Rio demonstra o sucesso de uma "investigação profunda e persistente" da DAS (Delegacia Anti-Sequestro).
A associação é uma entidade civil financiada pela iniciativa privada. Segundo Borges, o pico dos sequestros no Rio ocorreu em 1992, quando foram registrados 124 casos. Em 95, foram 109 sequestros. Em 96, 65 casos.
Para Borges, a polícia do Rio está vencendo essa luta graças ao uso de um sistema de informação eficiente e a denúncias da sociedade. Mandantes de sequestros de 1991 para cá continuam sendo investigados.
"De novembro até agora, já foram presos 115 sequestradores", afirma Borges. Um apoio importante ao trabalho da DAS, segundo ele, são as informações anônimas pelo telefone Disque-Denúncia (021/253-1177).
Algumas vezes, porém, sequestros são resolvidos inesperadamente. Foi o caso de Matiko, mantida em cativeiro em uma casa de Austin, distrito de Nova Iguaçu. Ela havia sido sequestrada na terça passada, em Teresópolis.
Policiais da 58ª DP (Delegacia de Polícia) investigavam um crime em que oito cadáveres foram encontrados dentro de um poço. No decorrer das investigações, acabaram descobrindo o cativeiro de Matiko, ontem à tarde. Segundo a polícia, ela está bem.
Segundo policiais, alguns sequestros -cujos valores de resgates são pequenos- não chegam ao conhecimento das autoridades, sendo resolvidos por familiares com o pagamento de resgate.



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