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Faxineiras fizeram parto em SP
da Reportagem Local
Fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Enfermagem
(Coren), de São Paulo, encontrou
profissionais não qualificados fazendo partos em 70% das maternidades do Estado.
Na maioria das vezes, eram auxiliares de enfermagem, mas havia
casos de funcionárias da limpeza
que viraram parteiras. "Pelo menos no Estado de São Paulo, não
existe mais essa prática", disse
Claudio Alves Porto, que coordena a fiscalização do Coren.
De acordo com a lei, só médicos
e enfermeiras obstetrizes podem
realizar partos dentro dos hospitais. As obstetrizes estão limitadas
aos partos normais.
"Em nenhuma hipótese o médico pode delegar sua responsabilidade a pessoa não qualificada",
afirma Antonio Henrique Pedrosa, secretário geral do Conselho
Federal de Medicina. Quando não
há uma escala de plantão, a responsabilidade é do hospital.
O SUS paga R$ 111,43 ao médico
e à enfermeira por nascimento.
Partos feitos por atendentes e auxiliares de enfermagem acabam
sendo pagos aos médicos.
Segundo representante da Cais
do Parto na Bahia, os médicos costumam repassar R$ 50 por mês para as atendentes que fazem o parto
no lugar deles. Em algumas clínicas conveniadas ao SUS, auxiliares
chegam a fazer de cinco a sete partos por noite.
"Mesmo quando há uma emergência, as auxiliares têm medo de
acordar o médico de plantão",
afirma Sueli Carvalho.
(AB)
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