São Paulo, Segunda-feira, 18 de Outubro de 1999
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Professores vêem problemas no exame

da Reportagem Local

Os professores do Curso e Colégio Objetivo analisaram o exame de ontem da FGV e concordaram em parte com os alunos: inglês difícil, mas física fácil.
"A prova estava difícil e desonesta", afirma o coordenador de inglês, Arnon Hollaender. Para ele, o primeiro texto, tirado da revista inglesa The Economist, exige maturidade do leitor.
"A revista não faz parte das leituras do vestibulando. Foi uma fonte mal escolhida, feita para ingleses maduros, adultos e informados." Ele criticou também o tema, a situação política e econômica do Paquistão. "Era uma temática difícil, e o aluno ainda tinha de compreender as nuances."
Para o coordenador de Biologia, Luiz Carlos Belinello, também houve problemas. Ele aponta a questão 63, sobre o derramamento de produtos da cerveja nos rios. "A "c" é a mais correta, mas dá para admitir também a "d"."
Ele acredita que na questão 70, sobre recombinação gênica, também são admissíveis duas alternativas, a "e", considerada a mais certa, e a "a".
Mais críticas ainda em geografia. Para a coordenadora Vera Lúcia da Costa Antunes, ocorreu uma série de imprecisões e "pegadinhas" que podem ter prejudicado o aluno. "Às vezes uma única palavra já inutilizava a alternativa. Foram muitos detalhes que devem ter deixado o aluno louco."
Em história, o coordenador Francisco Alves da Silva criticou a distribuição da prova, que abordou somente duas questões de história contemporânea.
Salvação mesmo, só a prova de física, considerada "extremamente simples" para o coordenador Eduardo Figueiredo. "Quem tinha uma preparação mediana conseguiu fazer." A mesma opinião foi dada pelo coordenador Antonio Mario Salles para a prova de química. (GG)


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