São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2004

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OUTRO LADO

Advogado diz que só apresentará defesa à Justiça

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado Antonio Russo, representante das viações do grupo Ruas Vaz e de seus sócios, afirmou à Folha que considerou uma "aberração" a decisão judicial que citou ter havido fraude de seu cliente na viação Tabu, mas disse que apresentará sua defesa e seus argumentos somente à Justiça, sem antecipá-los à imprensa.
Russo afirma que ainda não teve a oportunidade de mostrar à Justiça a posição do grupo Ruas Vaz porque, nesse tipo de ação de execução fiscal (na qual há tentativa do INSS de cobrar dívidas), "a defesa só costuma ser apresentada depois da penhora dos bens". "Quando fizermos nossa defesa, vai virar pó", afirmou.
Na ação judicial consultada pela reportagem, porém, ele já oferece algumas contestações, as quais foram rejeitadas por enquanto. O advogado ainda terá novas oportunidades de recurso.
A Folha relatou ao advogado todas as acusações existentes contra Ruas Vaz e seus sócios. Apresentou a posição do INSS e da Justiça Federal. Detalhou a apuração da reportagem, que conversou com três homens que se dizem "laranjas" involuntários e identificou os endereços falsos. Russo preferiu não fazer comentários.
O advogado de Ruas Vaz chegou a recorrer, em fevereiro deste ano, da decisão da Justiça Federal que apontava a existência de "laranjas". Alegou haver inconstitucionalidade "por desdenhar os contratos registrados na junta comercial". Disse ainda que seus clientes se retiraram da Tabu em dezembro de 1996, e que os débitos cobrados pelo INSS eram de datas posteriores.
O pedido do advogado para que a decisão inicial fosse revogada foi negado pela desembargadora federal Suzana Camargo.
A Secretaria dos Transportes não quis se manifestar sobre as acusações contra Ruas Vaz e sobre a expansão do grupo nos últimos anos.


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