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OUTRO LADO
Advogado diz que só apresentará defesa à Justiça
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Antonio Russo, representante das viações
do grupo Ruas Vaz e de seus
sócios, afirmou à Folha que
considerou uma "aberração" a decisão judicial que
citou ter havido fraude de
seu cliente na viação Tabu,
mas disse que apresentará
sua defesa e seus argumentos somente à Justiça, sem
antecipá-los à imprensa.
Russo afirma que ainda
não teve a oportunidade de
mostrar à Justiça a posição
do grupo Ruas Vaz porque,
nesse tipo de ação de execução fiscal (na qual há tentativa do INSS de cobrar dívidas), "a defesa só costuma
ser apresentada depois da
penhora dos bens". "Quando fizermos nossa defesa, vai
virar pó", afirmou.
Na ação judicial consultada pela reportagem, porém,
ele já oferece algumas contestações, as quais foram rejeitadas por enquanto. O advogado ainda terá novas
oportunidades de recurso.
A Folha relatou ao advogado todas as acusações
existentes contra Ruas Vaz e
seus sócios. Apresentou a
posição do INSS e da Justiça
Federal. Detalhou a apuração da reportagem, que conversou com três homens que
se dizem "laranjas" involuntários e identificou os endereços falsos. Russo preferiu
não fazer comentários.
O advogado de Ruas Vaz
chegou a recorrer, em fevereiro deste ano, da decisão
da Justiça Federal que apontava a existência de "laranjas". Alegou haver inconstitucionalidade "por desdenhar os contratos registrados na junta comercial".
Disse ainda que seus clientes
se retiraram da Tabu em dezembro de 1996, e que os débitos cobrados pelo INSS
eram de datas posteriores.
O pedido do advogado para que a decisão inicial fosse
revogada foi negado pela desembargadora federal Suzana Camargo.
A Secretaria dos Transportes não quis se manifestar
sobre as acusações contra
Ruas Vaz e sobre a expansão
do grupo nos últimos anos.
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