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Secretaria sabia de invasão, mas não conseguiu impedi-la
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar de saber desde a véspera que o morro dos Macacos
seria atacado por criminosos
do Comando Vermelho, a estratégia da Secretaria de Segurança do Estado não conseguiu
impedir o confronto.
Segundo o secretário José
Mariano Beltrame, policiais foram enviados ao morro ainda
na noite de anteontem, mas
não evitaram a invasão. A razão, disse, é que a favela tem
"centenas de acessos". A pasta
soube da invasão por meio de
grampos telefônicos.
"Não é factível o policiamento em cada entrada", afirmou,
ladeado pelo subsecretário Roberto Sá, pelo comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, e pelo chefe de Polícia Civil, Alan Turnowski.
À tarde, o grupo definiu como reagir: PM em prontidão na
região metropolitana, com suspensão de folgas; ocupação das
favelas envolvidas por tempo
indeterminado; e 500 policiais
civis como reforço. "Não vamos
admitir absolutamente [que o
fato se repita]", disse Beltrame.
Com voz embargada, Duarte
disse que a PM irá "onde for
preciso" atrás dos criminosos".
"Não estamos sendo movidos
pela vingança, mas pelo sentimento de Justiça." O chefe da
Polícia Civil, Alan Turnowski,
disse que "sabe quem foi, como
foi, e a resposta virá da mesma
maneira e na hora certa".
O ministro da Justiça, Tarso
Genro, ofereceu ao governador
Sérgio Cabral Filho (PMDB)
apoio da Força Nacional e um
helicóptero. Segundo o ministério, Cabral Filho disse que
num primeiro momento a ajuda não será necessária. Beltrame diz que não aceita a oferta.
Mais cedo, o governador disse à Globonews que avisou ao
Comitê Olímpico Internacional sobre as ações criminosas.
"Dissemos ao COI que essa não
é uma ação simples, eles sabem
disso, que nós queremos chegar
a 2016 com o Rio em paz antes,
durante e depois dos Jogos".
(ST)
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