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Ônibus com alunos da Apae bate, cai de ponte e 11 morrem
Entre os mortos estão um enfermeiro, três professoras, quatro alunos da Apae e três atletas paradesportivos
Grupo de Ipatinga (MG) voltava de competição esportiva; veículo foi contratado por licitação para fazer o transporte
SÍLVIA FREIRE
ELIDA OLIVEIRA
DE SÃO PAULO
Um acidente com um ônibus que levava jovens com
deficiência para participar de
uma competição esportiva
deixou 11 mortos e 22 feridos
na madrugada de ontem.
Segundo a Polícia Militar
de Minas Gerais, o ônibus
perdeu o freio quando trafegava sobre uma ponte na
MG-451, bateu em outro ônibus que vinha à frente e caiu
de uma altura de cerca de dez
metros, próximo à margem
do rio Araçuaí. As 11 vítimas
ficaram presas nas ferragens
e morreram na hora.
Os feridos, entre eles o motorista, foram levados para
os hospitais Diamantina (2),
Itamarandiba (8) e Carbonita
(12). A maioria deles teve ferimentos leves e recebeu alta
na tarde de ontem.
O acidente aconteceu por
volta da 1h05 de domingo,
próximo ao município de
Carbonita (432 km de Belo
Horizonte), no vale do Jequitinhonha. O ônibus havia
saído no sábado de Montes
Claros, onde acontece uma
etapa dos Jogos do Interior
de Minas Gerais, e voltava
para Ipatinga (231 km de BH).
De acordo com o governo
de Minas, foram identificados entre os mortos um enfermeiro, três professoras,
quatro alunos da Apae e três
atletas paradesportivos. Um
deles, Marlon Willian, faria
aniversário ontem.
Não foi divulgada a idade
de cada um dos mortos. A
única informação é que os jovens que morreram tinham
entre 14 e 19 anos.
O ônibus pertence à empresa Translima e foi fretado
pela Prefeitura de Ipatinga
para transportar os atletas
para a competição.
Segundo a prefeitura, a
empresa foi escolhida por
meio de licitação e os ônibus
haviam sido inspecionados e
estavam regulares. No total,
nove ônibus foram fretados
pela prefeitura para levar os
atletas aos jogos. A Folha
não conseguiu falar com responsáveis pela empresa.
A Polícia Civil de Carbonita deve instaurar inquérito
para apurar as responsabilidades no acidente.
Os corpos foram levados
para o hospital de Carbonita,
onde permaneciam no início
da noite de ontem. Dois legistas de Belo Horizonte foram à
cidade para agilizar a liberação dos corpos.
A Prefeitura de Ipatinga
disse também que vai pagar
os enterros e colocou à disposição das famílias um ginásio
para realizar um velório coletivo. Hoje, o governador reeleito de MG, Antonio Anastasia (PSDB), deve acompanhar o velório das vítimas.
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