São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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Ônibus com alunos da Apae bate, cai de ponte e 11 morrem

Entre os mortos estão um enfermeiro, três professoras, quatro alunos da Apae e três atletas paradesportivos

Grupo de Ipatinga (MG) voltava de competição esportiva; veículo foi contratado por licitação para fazer o transporte

SÍLVIA FREIRE
ELIDA OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

Um acidente com um ônibus que levava jovens com deficiência para participar de uma competição esportiva deixou 11 mortos e 22 feridos na madrugada de ontem.
Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, o ônibus perdeu o freio quando trafegava sobre uma ponte na MG-451, bateu em outro ônibus que vinha à frente e caiu de uma altura de cerca de dez metros, próximo à margem do rio Araçuaí. As 11 vítimas ficaram presas nas ferragens e morreram na hora.
Os feridos, entre eles o motorista, foram levados para os hospitais Diamantina (2), Itamarandiba (8) e Carbonita (12). A maioria deles teve ferimentos leves e recebeu alta na tarde de ontem.
O acidente aconteceu por volta da 1h05 de domingo, próximo ao município de Carbonita (432 km de Belo Horizonte), no vale do Jequitinhonha. O ônibus havia saído no sábado de Montes Claros, onde acontece uma etapa dos Jogos do Interior de Minas Gerais, e voltava para Ipatinga (231 km de BH).
De acordo com o governo de Minas, foram identificados entre os mortos um enfermeiro, três professoras, quatro alunos da Apae e três atletas paradesportivos. Um deles, Marlon Willian, faria aniversário ontem.
Não foi divulgada a idade de cada um dos mortos. A única informação é que os jovens que morreram tinham entre 14 e 19 anos.
O ônibus pertence à empresa Translima e foi fretado pela Prefeitura de Ipatinga para transportar os atletas para a competição.
Segundo a prefeitura, a empresa foi escolhida por meio de licitação e os ônibus haviam sido inspecionados e estavam regulares. No total, nove ônibus foram fretados pela prefeitura para levar os atletas aos jogos. A Folha não conseguiu falar com responsáveis pela empresa.
A Polícia Civil de Carbonita deve instaurar inquérito para apurar as responsabilidades no acidente.
Os corpos foram levados para o hospital de Carbonita, onde permaneciam no início da noite de ontem. Dois legistas de Belo Horizonte foram à cidade para agilizar a liberação dos corpos.
A Prefeitura de Ipatinga disse também que vai pagar os enterros e colocou à disposição das famílias um ginásio para realizar um velório coletivo. Hoje, o governador reeleito de MG, Antonio Anastasia (PSDB), deve acompanhar o velório das vítimas.


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