São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 2002

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MEC considera incidência alta

DA SUCURSAL DO RIO

A coordenadora de Educação de Jovens e Adultos do Ministério da Educação, Leda Maria Seffrin, diz que a baixa escolaridade de jovens e adultos no Brasil se deve, entre outros fatores, ao fato de a escola fundamental não atender às necessidades da população.
"A escola fundamental não atende às necessidades da classe mais popular. Os índices de reprovação são vergonhosos. É uma exclusão de uma grande parcela da população, que abandona a escola na idade própria", afirma.
O problema se estende, segundo Seffrin, quando a escola para jovens e adultos não consegue reconquistar esse grupo que abandonou os estudos ou a eles nunca teve acesso. Ela cita razões culturais para a baixa escolaridade. Segundo Seffrin, o brasileiro não valorizava a escola e, só com as exigências do mercado, está mais atento à necessidade de estudar.
Para ela, os antigos programas de educação de adultos, como o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), centraram-se na alfabetização, sem conseguir reter as pessoas na escola.
Segundo Seffrin, o MEC atacou, nos últimos anos, o problema da escolarização infantil. Ela concorda, porém, com a gravidade do problema apontado por Urani.
Na educação de jovens e adultos, o MEC, segundo ela, investiu cerca de R$ 580 milhões no programa Recomeço, dobrando de 800 mil para 1,6 milhão o total de pessoas que voltaram à escola nos últimos dois anos. (FE)









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