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MEC considera incidência alta
DA SUCURSAL DO RIO
A coordenadora de Educação
de Jovens e Adultos do Ministério
da Educação, Leda Maria Seffrin,
diz que a baixa escolaridade de jovens e adultos no Brasil se deve,
entre outros fatores, ao fato de a
escola fundamental não atender
às necessidades da população.
"A escola fundamental não
atende às necessidades da classe
mais popular. Os índices de reprovação são vergonhosos. É uma
exclusão de uma grande parcela
da população, que abandona a escola na idade própria", afirma.
O problema se estende, segundo
Seffrin, quando a escola para jovens e adultos não consegue reconquistar esse grupo que abandonou os estudos ou a eles nunca
teve acesso. Ela cita razões culturais para a baixa escolaridade. Segundo Seffrin, o brasileiro não valorizava a escola e, só com as exigências do mercado, está mais
atento à necessidade de estudar.
Para ela, os antigos programas
de educação de adultos, como o
Mobral (Movimento Brasileiro de
Alfabetização), centraram-se na
alfabetização, sem conseguir reter
as pessoas na escola.
Segundo Seffrin, o MEC atacou,
nos últimos anos, o problema da
escolarização infantil. Ela concorda, porém, com a gravidade do
problema apontado por Urani.
Na educação de jovens e adultos, o MEC, segundo ela, investiu
cerca de R$ 580 milhões no programa Recomeço, dobrando de
800 mil para 1,6 milhão o total de
pessoas que voltaram à escola nos
últimos dois anos.
(FE)
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