São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 2002

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Escolaridade é menor entre negros

DA SUCURSAL DO RIO

Os dados de 2001 da Pnad analisados pelo pesquisador André Urani mostram que, para a população com mais de 25 anos, a diferença na média de anos de estudo entre negros e brancos se manteve quase inalterada.
Em 1992, os brancos tinham 2,3 anos a mais de estudo que os negros -identificados por Urani como a soma dos que o IBGE classifica como pretos ou pardos. Em 2001, a diferença era de 2,2 anos.
Em 2001, alguns indicadores de escolaridade dos negros eram piores que os alcançados pelos brancos em 1992. Enquanto os negros chegaram a 4,7 anos de estudo em 2001, os brancos já tinham mais que isso em 1992: 5,9 anos, chegando a 6,9 em 2001.
Em 2001, a taxa de analfabetismo entre negros era de 18,2%, maior que os 7,7% verificados entre brancos no mesmo ano.
A queda do analfabetismo entre negros (redução de 29,4%) foi maior que entre brancos (27,3%), mas a diferença entre os dois grupos se mantém grande. "Os negros precisam ser incluídos de forma prioritária nos projetos educacionais", diz frei David Santos, coordenador da Educafro, que mantém cursinhos pré-vestibulares para negros e carentes.
Outro tipo de desigualdade medida pela Pnad é a regional. No Sudeste, 50,92% das pessoas com mais de 15 anos não concluíram o ensino fundamental. No Nordeste, a taxa pula para 70,11%. (FE)


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