|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Escolaridade é menor entre negros
DA SUCURSAL DO RIO
Os dados de 2001 da Pnad analisados pelo pesquisador André
Urani mostram que, para a população com mais de 25 anos, a diferença na média de anos de estudo
entre negros e brancos se manteve quase inalterada.
Em 1992, os brancos tinham 2,3
anos a mais de estudo que os negros -identificados por Urani
como a soma dos que o IBGE classifica como pretos ou pardos. Em
2001, a diferença era de 2,2 anos.
Em 2001, alguns indicadores de
escolaridade dos negros eram
piores que os alcançados pelos
brancos em 1992. Enquanto os
negros chegaram a 4,7 anos de estudo em 2001, os brancos já tinham mais que isso em 1992: 5,9
anos, chegando a 6,9 em 2001.
Em 2001, a taxa de analfabetismo entre negros era de 18,2%,
maior que os 7,7% verificados entre brancos no mesmo ano.
A queda do analfabetismo entre
negros (redução de 29,4%) foi
maior que entre brancos (27,3%),
mas a diferença entre os dois grupos se mantém grande. "Os negros precisam ser incluídos de
forma prioritária nos projetos
educacionais", diz frei David Santos, coordenador da Educafro,
que mantém cursinhos pré-vestibulares para negros e carentes.
Outro tipo de desigualdade medida pela Pnad é a regional. No
Sudeste, 50,92% das pessoas com
mais de 15 anos não concluíram o
ensino fundamental. No Nordeste, a taxa pula para 70,11%.
(FE)
Texto Anterior: Creche cria curso para alfabetizar pais Próximo Texto: Moacyr Scliar: As agruras dos ladrões Índice
|