São Paulo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004

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Presidente de CPI critica impunidade

DA AGÊNCIA FOLHA

Para a senadora Patrícia Saboya Gomes (PPS-CE), presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a exploração sexual de crianças e adolescentes, a maior dificuldade no combate ao problema está na impunidade.
"Como é um crime cometido contra crianças, que muitas vezes não têm possibilidade de denunciar a exploração à polícia, os criminosos, em geral, ficam impunes." Segundo a senadora, isso dificulta o levantamento do número de casos de exploração sexual de menores.
A CPI já recebeu cerca de 800 denúncias sobre prostituição e abuso sexual de crianças. Ela disse que parte do relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) foi feito a partir de informações dadas pela comissão.
Sobre o turismo sexual, a senadora afirmou que o problema não se restringe aos turistas que vêm de fora do país.
Para Katia Brasil, delegada titular da Derca (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente), em Salvador, os problemas no levantamento das ocorrências envolvendo casos de prostituição infantil dificultam a ação da polícia.
"Em geral, as pessoas não denunciam. A criança prostituída tem sempre alguém que a mantém. Às vezes é o próprio pai ou a mãe que patrocinam essa prostituição. Muitas vezes, a gente acaba devolvendo a criança para as ruas, ou para os pais, e ela volta para a prostituição."
(VICTOR RAMOS)

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