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Presidente de CPI critica impunidade
DA AGÊNCIA FOLHA
Para a senadora Patrícia Saboya
Gomes (PPS-CE), presidente da
CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) que investiga a exploração sexual de crianças e adolescentes, a maior dificuldade no
combate ao problema está na impunidade.
"Como é um crime cometido
contra crianças, que muitas vezes
não têm possibilidade de denunciar a exploração à polícia, os criminosos, em geral, ficam impunes." Segundo a senadora, isso dificulta o levantamento do número
de casos de exploração sexual de
menores.
A CPI já recebeu cerca de 800
denúncias sobre prostituição e
abuso sexual de crianças. Ela disse
que parte do relatório da ONU
(Organização das Nações Unidas)
foi feito a partir de informações
dadas pela comissão.
Sobre o turismo sexual, a senadora afirmou que o problema não
se restringe aos turistas que vêm
de fora do país.
Para Katia Brasil, delegada titular da Derca (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes
Contra a Criança e o Adolescente), em Salvador, os problemas no
levantamento das ocorrências envolvendo casos de prostituição infantil dificultam a ação da polícia.
"Em geral, as pessoas não denunciam. A criança prostituída
tem sempre alguém que a mantém. Às vezes é o próprio pai ou a
mãe que patrocinam essa prostituição. Muitas vezes, a gente acaba devolvendo a criança para as
ruas, ou para os pais, e ela volta
para a prostituição."
(VICTOR RAMOS)
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