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Estudantes se mobilizam por verba para cursos
DA REPORTAGEM LOCAL
No próximo sábado, um outdoor a ser colocado na avenida 23
de Maio será a voz dos alunos das
Fatecs para se pronunciarem sobre a situação de seus cursos e da
greve, que já dura dois meses.
Organizados em torno do Centro Acadêmico 23 de Abril, na Fatec São Paulo, alunos criaram sites
e distribuíram panfletos nas unidades. Defendem a reposição salarial dos professores, que consideram necessária para a manutenção da qualidade dos cursos,
pedem mais verbas para modernização dos laboratórios e temem
uma possível mudança no perfil
das Fatecs -de curso de graduação para curso de especialização.
Entre os professores, a reclamação não é diferente. Mas eles procuram um canal de negociação na
Assembléia. Desde o início da greve, já fizeram passeata até o local e
duas audiências públicas. A terceira está marcada para o dia 29.
"Queremos negociar. Até agora
o governo se recusou a nos receber. Não nos recusamos a repor
aulas, sabemos de nossos deveres,
mas queremos ser ouvidos", diz
Elaine Skorzenski Gonçalves dos
Santos, professora de mecânica e
presidente da Associação dos Docentes das Faculdades de Tecnologia do Centro Paula Souza.
"Defendemos o reajuste salarial
para os professores e um orçamento maior, além de uma participação dos estudantes nas eleições dos diretores das unidades",
afirma Eliane de Oliveira, 22, aluna de processamento de dados e
presidente do centro acadêmico.
O medo da desvalorização do
curso e a falta de investimentos
são os pontos mais tocados pelos
alunos. "No laboratório de física,
cada aluno participa das aulas
uma vez por mês, e não toda semana, porque a turma precisa ser
dividida em quatro para caber na
sala", afirma Henrique Puglisi, 26,
do curso de edifícios.
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