São Paulo, segunda-feira, 19 de abril de 2004

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EDUCAÇÃO

Chefe-de-gabinete de centro ao qual são vinculadas as unidades diz que governo não pode atender a todos os pedidos

Estado promete R$ 4,5 mi para as Fatecs

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando o assunto é o obsoletismo de alguns laboratórios das Fatecs em São Paulo, tanto o Centro Paula Souza como a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo têm a resposta na ponta da língua: uma verba de R$ 4,5 milhões que eles afirmam que o Estado destinará, ainda neste ano, para incremento e manutenção de instalações e equipamentos.
Segundo o Centro Paula Souza, dessa verba, R$ 500 mil vão exclusivamente para a Fatec São Paulo, a maior unidade do Estado e também aquela que apresenta maior demanda para adequação e atualização de laboratórios.
A Coordenadoria de Administração do Paula Souza diz que os pedidos de equipamentos vêm das unidades e cita como exemplo um aparelho de R$ 45 mil adquirido recentemente para o laboratório de elétrica da Fatec São Paulo. "Não é que não há investimento. Mas não ocorre o montante que se gostaria. O governo tem outras prioridades e nem sempre pode atender a todos os pedidos como gostaríamos", diz Laura Laganá, chefe-de-gabinete do centro.
Sobre a implantação de um só curso na maior parte das unidades inauguradas pelo atual governo, Laganá afirma que trata-se apenas de um meio de iniciar as atividades na nova unidade. "É um curso que dá muito campo para o tecnólogo. A partir dele, a própria unidade tem de propor cursos que promovam integração com a produção regional. E isso é cobrado de cada diretor", afirma.
Já quando o assunto é a reivindicação de 72,22% de reajuste salarial feita pelos professores e funcionários das faculdades, a resposta sugere um impasse e a peça central dele é a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o governo, o Estado já atingiu o limite prudencial de gastos com folha de pagamento previstos na lei, o que significa a proibição da aplicação de reajustes ou da realização de contratações.
O limite prudencial é uma cota recomendável de gastos, antes que seja atingido o limite fiscal.
De acordo com o secretário-adjunto da Ciência e Tecnologia de São Paulo, Fernando Dias Menezes de Almeida, "o governo intenciona aplicar reajustes assim que sair do limite prudencial, e tem trabalhado para isso".
"Atualmente, não há alternativa para o pleito salarial dos professores e funcionários. Chegamos a um impasse", diz. Ele afirmou que já há um plano de reposição de aulas por conta da greve e que o vestibular do meio do ano será realizado normalmente.


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