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EDUCAÇÃO
Chefe-de-gabinete de centro ao qual são vinculadas as unidades diz que governo não pode atender a todos os pedidos
Estado promete R$ 4,5 mi para as Fatecs
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando o assunto é o obsoletismo de alguns laboratórios das Fatecs em São Paulo, tanto o Centro
Paula Souza como a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia,
Desenvolvimento Econômico e
Turismo têm a resposta na ponta
da língua: uma verba de R$ 4,5
milhões que eles afirmam que o
Estado destinará, ainda neste ano,
para incremento e manutenção
de instalações e equipamentos.
Segundo o Centro Paula Souza,
dessa verba, R$ 500 mil vão exclusivamente para a Fatec São Paulo,
a maior unidade do Estado e também aquela que apresenta maior
demanda para adequação e atualização de laboratórios.
A Coordenadoria de Administração do Paula Souza diz que os
pedidos de equipamentos vêm
das unidades e cita como exemplo
um aparelho de R$ 45 mil adquirido recentemente para o laboratório de elétrica da Fatec São Paulo.
"Não é que não há investimento.
Mas não ocorre o montante que
se gostaria. O governo tem outras
prioridades e nem sempre pode
atender a todos os pedidos como
gostaríamos", diz Laura Laganá,
chefe-de-gabinete do centro.
Sobre a implantação de um só
curso na maior parte das unidades inauguradas pelo atual governo, Laganá afirma que trata-se
apenas de um meio de iniciar as
atividades na nova unidade. "É
um curso que dá muito campo
para o tecnólogo. A partir dele, a
própria unidade tem de propor
cursos que promovam integração
com a produção regional. E isso é
cobrado de cada diretor", afirma.
Já quando o assunto é a reivindicação de 72,22% de reajuste salarial feita pelos professores e funcionários das faculdades, a resposta sugere um impasse e a peça
central dele é a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o governo,
o Estado já atingiu o limite prudencial de gastos com folha de pagamento previstos na lei, o que
significa a proibição da aplicação
de reajustes ou da realização de
contratações.
O limite prudencial é uma cota
recomendável de gastos, antes
que seja atingido o limite fiscal.
De acordo com o secretário-adjunto da Ciência e Tecnologia de
São Paulo, Fernando Dias Menezes de Almeida, "o governo intenciona aplicar reajustes assim que
sair do limite prudencial, e tem
trabalhado para isso".
"Atualmente, não há alternativa
para o pleito salarial dos professores e funcionários. Chegamos a
um impasse", diz. Ele afirmou
que já há um plano de reposição
de aulas por conta da greve e que
o vestibular do meio do ano será
realizado normalmente.
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