São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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Cura é possível para um tipo de distúrbio

DA REPORTAGEM LOCAL

Em poucas áreas da cardiologia é possível falar em cura. Pacientes que têm um tipo de taquicardia, a Síndrome de Wolff-Parkinson-White, podem acabar com o problema por meio da ablação por radiofrequência, a técnica que cauteriza porções do coração responsáveis pelos impulsos elétricos anormais.
Os portadores da síndrome têm condutores extras de impulsos elétricos no caminho entre os átrios e os ventrículos, originados de uma má-formação congênita no sistema elétrico do coração. "Pessoas com essas taquicardias se curam em mais de 95% dos casos", diz Eduardo Sosa, do Incor.
As arritmias são diagnosticadas pelo eletrocardiograma convencional ou por registro contínuo da atividade elétrica do coração com um aparelho chamado Holter, que fica preso ao paciente 24 horas.
De acordo com o presidente do Departamento de Cardiologia Clínica da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Carlos Vicente Serrano, alguns problemas digestivos, como a gastrite, e psiquiátricos, como a Síndrome do Pânico, causam sintomas parecidos com os das taquicardias. "É necessário afastar outras patologias."
As taquicardias são muito mais perigosas quando se originam nos ventrículos. Por isso é necessário procurar o médico ao sentir palpitações, pois somente ele poderá diferenciar uma arritmia benigna de uma potencialmente maligna.
Nos EUA, um levantamento realizado em 1985 mostrou que de 300 mil mortes súbitas ocorridas por ano no país cerca de 80% eram causadas por uma taquicardia gravíssima, a fibrilação ventricular.


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