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SAÚDE
Doença lidera lista de seis males pesquisados; estudo mostra que nem todos os que tiveram diagnóstico fizeram tratamento
Depressão já atingiu 19,3% da população
DA SUCURSAL DO RIO
A depressão é um problema
que já foi diagnosticado em 19,3%
da população brasileira, de acordo com a parte nacional da Pesquisa Mundial de Saúde, realizada
pela Fiocruz (Fundação Oswaldo
Cruz) em parceria com a OMS
(Organização Mundial da Saúde).
Essa foi a maior porcentagem
na comparação entre os seis problemas pesquisados.
Além da depressão, a pesquisa
comparou a porcentagem de pessoas que já tiveram diagnóstico de
asma (12,1%), artrite (10,6%), angina (6,7%), diabetes (6,2%) e esquizofrenia (1,7%).
A pesquisa mostrou também
que, no caso da depressão, a porcentagem de brasileiros que iniciaram tratamento da doença foi
de 14,3%, o que demonstra que
uma parcela significativa da população não se tratou, apesar de
saber que tinha essa doença.
Outro dado que indica que a depressão é mais visível do que se
pensa é o que mostra que 26% dos
entrevistados afirmaram já ter
sentido, em um grau grave ou
muito grave, tristeza, depressão,
preocupação ou ansiedade. Esse
foi o maior percentual encontrado entre oito problemas comparados nessa questão.
Célia Szwarcwald, uma das
coordenadoras da pesquisa, afirma que esse estado de desânimo
pode estar sendo influenciado por
fatores externos, como o desemprego ou a violência.
"As pessoas podem estar se sentindo desanimadas com o desemprego ou com a possibilidade de
perder o emprego. O estado do
ânimo é um fator que não depende apenas da saúde da pessoa,
mas também de fatores externos", afirma a coordenadora.
A pesquisadora afirma que os
pesquisadores perceberam, durante a execução do trabalho de
campo, que as pessoas queriam
falar sobre sua saúde.
"Achávamos que poderíamos
ter algum problema para entrevistar as pessoas, mas percebemos que, principalmente as mais
carentes, gostavam de falar sobre
como estavam se sentindo. Em alguns casos, a entrevista, que durava em média uma hora, chegou a
quatro horas de duração", afirma
Célia Szwarcwald.
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