São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2004

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Transmissão da Aids de mãe para filho cresce com pré-natal falho

DA REPORTAGEM LOCAL

Entre os anos 2000 e 2003, 4.386 bebês nasceram com HIV-Aids. A situação já foi pior, porém não se justifica mais diante dos avanços do país nessa área.
O Ministério da Saúde já disponibiliza às maternidades todos os medicamentos para que esse número caia a menos de 500. Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, com 400 gestantes com Aids, apontou que só duas crianças nasceram infectadas. Números parecidos são obtidos no hospital Emílio Ribas de São Paulo.
Por trás do alto número de vítimas da transmissão vertical estão as falhas no pré-natal, especialmente no Norte e no Nordeste.
Elas são a preocupação e o tema do 1º Congresso Brasileiro de Prevenção à Transmissão Vertical do HIV, promovido pela Coordenação Nacional de Aids e que termina hoje em João Pessoa (PB).
Estima-se que existam, por ano, no Brasil, 17,2 mil gestantes com HIV ou Aids. Destas, apenas 38,5% são diagnosticadas no início da gestação de forma que ela e o bebê possam ser medicados. Com o tratamento, a porcentagem de crianças com HIV cai para 2%. Quando chegam ao parto sem saber que estão infectadas, a porcentagem chega a 15%.
Em função disso, o Ministério da Saúde vai distribuir 300 mil testes rápidos a todas as maternidades, para que exames possam ser feitos na hora do parto.

Genebra
O ministro Humberto Costa, da Saúde, pediu ontem em Genebra que países ricos e instituições internacionais definam uma política única para a Aids. Costa falou na Assembléia Mundial de Saúde, representando a América Latina e o Caribe. Hoje, Brasil, África do Sul, China, Índia, Rússia e Tailândia definem a criação de uma rede para a troca de tecnologia.
(AURELIANO BIANCARELLI)


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