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Transmissão da Aids de mãe para
filho cresce com pré-natal falho
DA REPORTAGEM LOCAL
Entre os anos 2000 e 2003, 4.386
bebês nasceram com HIV-Aids. A
situação já foi pior, porém não se
justifica mais diante dos avanços
do país nessa área.
O Ministério da Saúde já disponibiliza às maternidades todos os
medicamentos para que esse número caia a menos de 500. Pesquisa da Universidade Federal de São
Paulo, com 400 gestantes com
Aids, apontou que só duas crianças nasceram infectadas. Números parecidos são obtidos no hospital Emílio Ribas de São Paulo.
Por trás do alto número de vítimas da transmissão vertical estão
as falhas no pré-natal, especialmente no Norte e no Nordeste.
Elas são a preocupação e o tema
do 1º Congresso Brasileiro de Prevenção à Transmissão Vertical do
HIV, promovido pela Coordenação Nacional de Aids e que termina hoje em João Pessoa (PB).
Estima-se que existam, por ano,
no Brasil, 17,2 mil gestantes com
HIV ou Aids. Destas, apenas
38,5% são diagnosticadas no início da gestação de forma que ela e
o bebê possam ser medicados.
Com o tratamento, a porcentagem de crianças com HIV cai para
2%. Quando chegam ao parto
sem saber que estão infectadas, a
porcentagem chega a 15%.
Em função disso, o Ministério
da Saúde vai distribuir 300 mil
testes rápidos a todas as maternidades, para que exames possam
ser feitos na hora do parto.
Genebra
O ministro Humberto Costa, da
Saúde, pediu ontem em Genebra
que países ricos e instituições internacionais definam uma política única para a Aids. Costa falou
na Assembléia Mundial de Saúde,
representando a América Latina e
o Caribe. Hoje, Brasil, África do
Sul, China, Índia, Rússia e Tailândia definem a criação de uma rede
para a troca de tecnologia.
(AURELIANO BIANCARELLI)
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