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A Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo proibiu a comercialização e o uso do medicamento similar micofenolato mofetil 500 mg, fabricado pela EMS Sigma Pharma, de Hortolândia (105 km de SP).
O medicamento, utilizado em pacientes transplantados, é um imunossupressor recomendado para evitar rejeição de órgãos e tecidos, geralmente em pacientes que fizeram transplante alogênico (com doador desconhecido).
O Estado determinou ainda a interdição e o recolhimento de todas as unidades do remédio e orientou que os pacientes que usaram o produto sejam acompanhados pelas autoridades.
A determinação foi publicada anteontem no "Diário Oficial" do Estado, e o recolhimento já está sendo feito, segundo informações do Centro de Vigilância Sanitária.
Segundo a diretora técnica da Divisão de Produtos Relacionados à Saúde do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo, Silvia Negrão, o estudo de bioequivalência do produto, que aponta sua eficácia e sua segurança, foi reprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Por se tratar de um medicamento de alto custo -cada comprimido custa em média R$ 6,40- sua distribuição é gratuita em hospitais credenciados.
Segundo Negrão, para que um remédio similar seja colocado no mercado são necessários estudos em laboratórios credenciados.
Em um primeiro momento, a EMS informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o medicamento possui registro na Anvisa desde janeiro de 2003 e que era comercializado normalmente em outros Estados.
Em um novo contato, a assessoria de imprensa negou as informações e afirmou que o remédio nunca chegou a ser comercializado no país. (FERNANDA BASSETTE)

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