São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2004

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LIVROS FURTADOS

Alunos foram vistos

Acusados podem ter agido em outros locais

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO

Os estudantes de biblioteconomia Laéssio Rodrigues de Oliveira, 31, e Reginaldo Oliveira da Silva, 34, indiciados pelo furto de livros no Museu Nacional, foram reconhecidos, segundo a polícia, por funcionários de outras instituições no Rio. Os dois teriam sido freqüentadores assíduos da Fundação Casa de Rui Barbosa, do Museu Histórico Nacional e do Museu da Cidade. Em duas dessas instituições, também houve furto de obras.
Oliveira, preso em flagrante em São Paulo por receptação -foram encontradas em sua casa obras da Biblioteca Pública Mário de Andrade-, e Silva foram reconhecidos por foto.
Oliveira e outro jovem freqüentaram por três meses a Casa de Rui Barbosa, segundo Maria Irene Brasil, coordenadora da biblioteca. Ele informou nome e endereço falsos. "Disseram que iriam pesquisar revistas para uma peça". Na época, sumiram dezenas de exemplares de 15 revistas.
No Museu da Cidade, onde Oliveira também foi reconhecido, sumiram dez fotos do Rio no século 18. No Museu Histórico Nacional, Silva teria chamado a atenção, em dias de alta temperatura, usando um pesado casaco. Vigiado, não teria levado nada.
O Museu Nacional achou mais obras danificadas: os três volumes de "Historia Naturalis Palmarum" (1823-1850), de Carl Friedrich Philipp von Martius, tiveram gravuras arrancadas. No total, livros foram danificados.
Laércio Benko, advogado de Oliveira, afirmou que seu cliente está sofrendo "perseguição". Segundo Benko, ele não furtou livros do Museu Nacional e as obras encontradas na casa dele foram adquiridas em um sebo. A reportagem não conseguiu localizar o advogado de Silva.


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