São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sistema foi marcado por controvérsias

DA REPORTAGEM LOCAL

Do histórico do PAS que ainda assombra a administração constam episódios de compras fantasmas, pagamentos adiantados, superfaturamento, nepotismo.
O PAS nasce em 1995, sob uma saraivada de críticas e contestações judiciais -principalmente por não seguir os princípios do SUS (Sistema Único de Saúde), e pelo fato de o criador, o então prefeito Paulo Maluf, querer que o sistema vigorasse sem passar pela Câmara Municipal. Teve de ceder, mas facilmente aprovou a proposta no Legislativo.
O plano acabou apartando a cidade do SUS, que não aceitava a falta de prestações de contas à União e o atendimento condicionado a um cadastro dos usuários. Com isso, a cidade deixou de receber cerca de R$ 190 milhões anuais em verbas federais.
Em 2000, a ex-primeira-dama Nicéa Pitta disse que dirigentes de cooperativas tiveram de entregar verbas para a campanha do então prefeito Celso Pitta. Ele negou.
Em 2001, a prefeita Marta Suplicy extingue as cooperativas e acaba com o plano. A partir dali, a chamada "herança do PAS"-falta de equipamentos, de funcionários- passa a ser a justificativa oficial para todas as mazelas do sistema de saúde paulistano.


Texto Anterior: Outro lado: Auditoria era incompleta, diz Procuradoria
Próximo Texto: Infância: ONGs cobram ação de Lula para combater exploração
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.